Sempre que faço críticas ao PT, alguém me chama de elitista. E é
verdade. Sou da elite que acorda às cinco da manhã e dorme depois das dez,
trabalhando o dia inteiro. Pertenço à elite que vai de ônibus para o serviço,
porque nunca aprendeu a dirigir. Sou da elite que come arroz e feijão todos os
dias. Que conversa com os porteiros. Que lava a louça depois do jantar. Que
assiste desenho da Peppa com o filho.
Sou daquela elite golpista e pernóstica chamada classe média, que faz das tripas coração para evitar o vermelho no banco. Elite que paga contas cada vez mais altas de água, luz, educação. Elite que luta para não se afogar em impostos e taxas. Elite que se espanta com os aumentos de preços no supermercado, no sacolão, na padaria, no shopping, no restaurante. Que os companheiros me desculpem, mas continuo preocupado com a situação do País. Um elitismo incorrigível da minha parte!
Sou da elite que guardaria dinheiro na poupança – se tivesse dinheiro. Elite que anda pelo Calçadão diariamente, que já comeu muito pastel na feira, que não vive sem tomar uma cervejinha sexta-feira no bar do japonês.
Um de meus mais irritantes hábitos elitistas é percorrer os sebos da cidade atrás de livros, que jamais encontro. Mas acabo achando outros livros e os levo para casa – meio escondido da mulher, porque já não há mais espaço nas estantes.
Estou entre os 88% de londrinenses elitistas que desaprovam o governo Dilma. Sou da elite que neste domingo vai sair às ruas contra a corrupção e a incompetência dos companheiros. Sou daqueles reacionários imperdoáveis que ainda acreditam em cosas antiquadas como moralidade, receitas e despesas, economia de mercado, liberdade de expressão, respeito à vida humana.
O pior, no entanto, é ser um elitista cristão. Escandaloso! Faço parte da elite que acredita em Deus, lê a Bíblia, vai à missa todos os domingos e reza o terço todos os dias. Só mesmo um burguês inimigo dói povo para fazer isso. E agora vocês me dão licença, que eu vou brincar de sabre de luz com o Pedro. Gente fina é outra c.oisa. ( Texto extraído do espaço Dia de Crônica PAULO BRIGUET, briguet@jornaldelondrina.com.br wwwjornaldelondrina.com.br/blogs/comoperdaodapalavra página 12, publicação do JORNAL DE LONDRINA, 13 de março de 2015)
Sou daquela elite golpista e pernóstica chamada classe média, que faz das tripas coração para evitar o vermelho no banco. Elite que paga contas cada vez mais altas de água, luz, educação. Elite que luta para não se afogar em impostos e taxas. Elite que se espanta com os aumentos de preços no supermercado, no sacolão, na padaria, no shopping, no restaurante. Que os companheiros me desculpem, mas continuo preocupado com a situação do País. Um elitismo incorrigível da minha parte!
Sou da elite que guardaria dinheiro na poupança – se tivesse dinheiro. Elite que anda pelo Calçadão diariamente, que já comeu muito pastel na feira, que não vive sem tomar uma cervejinha sexta-feira no bar do japonês.
Um de meus mais irritantes hábitos elitistas é percorrer os sebos da cidade atrás de livros, que jamais encontro. Mas acabo achando outros livros e os levo para casa – meio escondido da mulher, porque já não há mais espaço nas estantes.
Estou entre os 88% de londrinenses elitistas que desaprovam o governo Dilma. Sou da elite que neste domingo vai sair às ruas contra a corrupção e a incompetência dos companheiros. Sou daqueles reacionários imperdoáveis que ainda acreditam em cosas antiquadas como moralidade, receitas e despesas, economia de mercado, liberdade de expressão, respeito à vida humana.
O pior, no entanto, é ser um elitista cristão. Escandaloso! Faço parte da elite que acredita em Deus, lê a Bíblia, vai à missa todos os domingos e reza o terço todos os dias. Só mesmo um burguês inimigo dói povo para fazer isso. E agora vocês me dão licença, que eu vou brincar de sabre de luz com o Pedro. Gente fina é outra c.oisa. ( Texto extraído do espaço Dia de Crônica PAULO BRIGUET, briguet@jornaldelondrina.com.br wwwjornaldelondrina.com.br/blogs/comoperdaodapalavra página 12, publicação do JORNAL DE LONDRINA, 13 de março de 2015)
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