O principal uso que fazemos da
língua portuguesa é a comunicação, seja oralmente ou por escrito. Quando você
bate papo com alguém, está se comunicando, assim como quando escreve um e-mail
ou posta algo em alguma rede social. Mas esse conceito não fica só na sua comunicação pessoal, afinal de contas, um
comercial de TV, por exemplo, quer passar uma mensagem. O autor da sua música
favorita também. E, para que essa comunicação seja bem sucedida, eficiente, é
necessário que seis elementos estejam envolvidos:
1 – O emissor ou remetente é
aquele que produz a mensagem. De uma maneira bem simples, é quem fala ou
escreve aquilo que será ouvido ou lido por outra pessoa. Pode ser aquele amigo
que está contando uma história a você ou o escritor do livro que você está
lendo, por exemplo.
2 – O receptor ou destinatário é a outra ponta do processo,
é quem lê ou ouve a mensagem enviada pelo emissor. Note que, em uma conversa, esses papéis estão
constantemente se invertendo, pois uma pessoa fala, a outra responde e assim
por diante.
3 – A mensagem é o texto
propriamente dito, que é passado do emissor para o receptor. Pode ser um
simples “bom dia” ou algo bem maior, como um livro. E, como já falamos em
algumas colunas anteriores, não precisa necessariamente conter palavras, ou
seja, não precisa ser um texto apenas verbal. Quando você cumprimenta alguém na
rua com um gesto, por exemplo, está enviando uma mensagem a essa pessoa ( você
é o emissor, o outro é o receptor e o gesto é a mensagem).
4 – Referente é o nome que se
dá ao contexto ou, de um modo mais
simples, ao assunto tratado pela mensagem. A comunicação só será realmente
efetiva quando o emissor e o receptor conhecerem o assunto, caso contrário você
se sentirá como a pessoa que só pega o final de uma piada e fica sem entender a
graça.
5 – O código é o conjunto de
símbolos ou sinais utilizados para se produzir a mensagem. Parece complicado,
mas não é. Você pode entender como símbolos as letras do nosso alfabeto, por
exemplo, o que faz da língua portuguesa o nosso código nesse momento. Mas não é
só isso: gestos, sons e imagens também funcionam como código, pois podem ser
usados para passar uma informação. Assim como acontece com o referente, a
comunicação só vai acontecer se emissor e receptor tiverem conhecimento do
código, ou seja, uma pessoa que não conheça uma língua (ou um determinado
gesto) não vai conseguir entender a mensagem enviada.
6 – O canal é o meio pelo
qual a mensagem é transmitida. Pode ser um meio físico, como este jornal, ou virtual,
caso você esteja lendo a coluna na internet. Em uma conversa pessoal, o canal é
o próprio ar, através do qual as ondas sonoras “viajam” da boca de uma pessoa
até os ouvidos da outra.
Existem muitos outros elementos que podem aparecer em um processo
comunicativo, como o ruído (qualquer coisa que atrapalhe a comunicação ) ou o
feedback ( retorno dado pelo receptor ao emissor), mas os seis principais são
os que foram citados acima. Um bom (e fácil) exercício para se fazer é tentar
identificar esses elementos em algum texto simples com que você tenha contato,
como um outdoor, uma música ou uma mensagem que tenha recebido em seu celular.
E mais um detalhe: quando uma comunicação se centra mais em um elemento do que em outro, temos as chamadas funções da linguagem, assunto que será tratado brevemente aqui.
Em caso de dúvidas, ou se tiver alguma sugestão, mande para o nosso e-mail bemdito14@gmail.com . Até a próxima terça. ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL , PÁGINA 5, folha 2, espaço BEM DITO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 30 de junho de 2015).
E mais um detalhe: quando uma comunicação se centra mais em um elemento do que em outro, temos as chamadas funções da linguagem, assunto que será tratado brevemente aqui.
Em caso de dúvidas, ou se tiver alguma sugestão, mande para o nosso e-mail bemdito14@gmail.com . Até a próxima terça. ( FLAVIANO LOPES – PROFESSOR DE PORTUGUÊS E ESPANHOL , PÁGINA 5, folha 2, espaço BEM DITO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, terça-feira, 30 de junho de 2015).
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