Triste é o mundo em que uma frase ou mesmo uma palavra fora do lugar
podem destruir a vida de uma pessoa. A milícia do pensamento está de plantão
para nos apanhar em flagrante delito diante de qualquer termo que ofenda o
ideário politicamente correto. Qualquer um pode ser a próxima vítima: eu, você,
o seu filho, o seu pai, a sua mãe, o seu vizinho. A não ser que você seja
militante de esquerda. Nesse caso, tem salvo-conduto e pode dizer a besteira
que quiser, desde que não ofenda Maomé.
Uma passagem bíblica que me emociona sempre é a resposta do centurião romano quando Jesus se oferece para ir até a casa dele: “Eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e meu servo será salvo”, Essa frase encantou Jesus, que declarou não ter visto uma fé tão grande mesmo entre os filhos de Israel. O diabo – nome cujo sentido é “aquele que acusa” ou “aquele que divide” – afirma-nos exatamente o contrário: “Dizei uma palavra e sereis morto”.
Conheço um homem que passou um longo período na prisão – onde foi diariamente violentado – por ter escrito uma frase infeliz. O que me assombra, no caso, não é a reação das pessoas contra uma palavra, mas a impossibilidade de perdão.
No romance “A Marca Humana” de Philip Roth, um professor universitário americano faz uma piada sobre alunos que nunca apareceram nas aulas. Chamou-is de “spooks” (fantasmas). Ocorre que os alunos, que o professor nunca tinha visto, eram negros. E “spooks, descobre-se depois, vem a ser uma antiga gíria racista em desuso. O professor tem a sua vida e carreira destruídas. Sem perdão.
Aristóteles diz que política é a arte de promover o bem das pessoas. Mas ele também alerta: quando desvirtuada, a política transforma o homem no pior dos animais. Os patrulheiros da linguagem utilizam a política como forma de aniquilação do oponente. Nesse sentido, eles são os verdadeiros adeptos do golpe. Golpista é aquele que destrói o inimigo por uma púnica palavra. ( Texto escrito por PAULO BRIGUET, extraído da página 8, espaço Dia de Crônica PAULO BRIGUET briguet@jornaldelondrina.com.br WWW.jornaldelondrinalcom.br/blogs/comoperdaodapalavra publicado pelo JORRNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 6 de abril de 2015)
Uma passagem bíblica que me emociona sempre é a resposta do centurião romano quando Jesus se oferece para ir até a casa dele: “Eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e meu servo será salvo”, Essa frase encantou Jesus, que declarou não ter visto uma fé tão grande mesmo entre os filhos de Israel. O diabo – nome cujo sentido é “aquele que acusa” ou “aquele que divide” – afirma-nos exatamente o contrário: “Dizei uma palavra e sereis morto”.
Conheço um homem que passou um longo período na prisão – onde foi diariamente violentado – por ter escrito uma frase infeliz. O que me assombra, no caso, não é a reação das pessoas contra uma palavra, mas a impossibilidade de perdão.
No romance “A Marca Humana” de Philip Roth, um professor universitário americano faz uma piada sobre alunos que nunca apareceram nas aulas. Chamou-is de “spooks” (fantasmas). Ocorre que os alunos, que o professor nunca tinha visto, eram negros. E “spooks, descobre-se depois, vem a ser uma antiga gíria racista em desuso. O professor tem a sua vida e carreira destruídas. Sem perdão.
Aristóteles diz que política é a arte de promover o bem das pessoas. Mas ele também alerta: quando desvirtuada, a política transforma o homem no pior dos animais. Os patrulheiros da linguagem utilizam a política como forma de aniquilação do oponente. Nesse sentido, eles são os verdadeiros adeptos do golpe. Golpista é aquele que destrói o inimigo por uma púnica palavra. ( Texto escrito por PAULO BRIGUET, extraído da página 8, espaço Dia de Crônica PAULO BRIGUET briguet@jornaldelondrina.com.br WWW.jornaldelondrinalcom.br/blogs/comoperdaodapalavra publicado pelo JORRNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 6 de abril de 2015)
Realmente Tio!
ResponderExcluirSomos "vigiados" pela patrulha esquerdalha, sempre em busca de migalhas pra sustentar seu raciocínio de formiga!
Tenho um texto alegórico sobre isso que pode lhe interessar, envio depois ;)
Um abraço!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigado pela visita. Estou no aguardo. Abraços
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