Tenho uma amiga, talentosa artista, que enfrentou sérios problemas para se formar na
universidade por causa da perseguição de um professor militante. Ela conseguiu
superar as dificuldades seguindo a recomendação de Jesus no Sermão da Montanha: “Eu,
porém, vos digo: amai vossos inimigos,
fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos
que vos maltratam e perseguem”. Ela rezou pelo professor e tudo acabou bem.
Por motivos que não cabe discutir
aqui, o Natal tem sido uma data mais comemorada do que a Páscoa. Amo
imensamente o Natal, mas sei que a Páscoa está bem acima. É a mais importante
festa do cristianismo. Nascer, todos nascem. Mas ninguém consegue renascer sem Deus. A
Páscoa nos chama a fazer o mais difícil. Não apenas a viver, mas a nascer de
novo. Não apenas a amar quem nos ama, mas a amar quem nos odeia. Note-se que Jesus não nos proíbe de ter inimigos; ele “apenas”
nos diz que devemos amá-los e rezar pela salvação deles. Como bem lembrava C.
S. Lewis, ser cristão não é fácil. Quem acha que é mole se dará mal. Oscar
Wilde dizia que devemos perdoar sempre os nossos inimigos – nada os enfurece
mais. Nelson Rodrigues dizia que o inimigo permanece fiel até depois da morte –
é aquele que vai cuspir no túmulo da gente. Os dois geniais escritores sabiam o
que estavam falando, pois tiveram terríveis experiências com a inimizade. No
fundo, eles estavam seguindo o conselho de Jesus.
Como se sabe – e lembramos especialmente hoje, Sexta-Feira da Paixão – Jesus sofreu muito mais com seus inimigos. Mas tenho absoluta certeza de que ele rezou por todos eles: Judas, Caifás, Pilatos, Herodes, o Mau Ladrão, Barrabás, os que o condenaram, os que o açoitaram , os que o ridicularizaram , os que o negaram, os que lhe deram vinagre e lhe feriram o coração com a lança, os que até hoje fazem o mesmo.
A Paixão de Cristo ér a prova máxima de que Deus não é uma abstração ou uma força inacessível. Ele é uma Pessoa. Toda a nossa existência está condensada naqueles três anos e naquelas três horas. Por isso, orai pelos vossos inimigos. Eles não sabem o que fazem. ( Texto escrito por PAULO BRIGUET, publicado pelo JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira,3 de abril de 2015, extraído da página 11, espaço Dia de Crônica Paulo Briguet briguet@jornaldelondrina.com.br WWW. Jornaldelondrina.com.br/ blogs/comoperdaodapalavra).
Como se sabe – e lembramos especialmente hoje, Sexta-Feira da Paixão – Jesus sofreu muito mais com seus inimigos. Mas tenho absoluta certeza de que ele rezou por todos eles: Judas, Caifás, Pilatos, Herodes, o Mau Ladrão, Barrabás, os que o condenaram, os que o açoitaram , os que o ridicularizaram , os que o negaram, os que lhe deram vinagre e lhe feriram o coração com a lança, os que até hoje fazem o mesmo.
A Paixão de Cristo ér a prova máxima de que Deus não é uma abstração ou uma força inacessível. Ele é uma Pessoa. Toda a nossa existência está condensada naqueles três anos e naquelas três horas. Por isso, orai pelos vossos inimigos. Eles não sabem o que fazem. ( Texto escrito por PAULO BRIGUET, publicado pelo JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira,3 de abril de 2015, extraído da página 11, espaço Dia de Crônica Paulo Briguet briguet@jornaldelondrina.com.br WWW. Jornaldelondrina.com.br/ blogs/comoperdaodapalavra).
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