(publicado no dia 2º de agosto de 2014)
Primeiro foram os boatos do aparecimento
do primeiro caso de ebola no Brasil. Informação mentirosa que se disseminou nas
redes sociais, na semana passada, levando pânico àquelas pessoas que se
impressionam facilmente com notícias relacionadas a ma doença infecciosa. E
muita gente deve ter se desesperado, pois a febre hemorrágica já matou mais de
1.200 pessoas no continente africano.
O Ministério da Saúde agiu rápido e usou também as redes sociais e os veículos de
comunicação para desmentir a falsa notícia
plantada na internet. Não há caso
suspeito ou confirmado da doença no
Brasil, ressaltaram as autoridades da área da saúde.
A vocação de algumas pessoas para criar um
boato e espalhar o pânico deve encontrar explicação em um consultório
psiquiátrico. Se esse comportamento já causa dano desde que o homem saiu da
caverna e começou a viver em
comunidades, no século 21 os boatos encontram ressonância no ambiente virtual.
E não são apenas os usuários “sem noção” das redes sociais que usam a
doença como tema de brincadeira de mau gosto. Criminosos virtuais se aproveitam
da curiosidade da população sobre a epidemia do ebola para infectar
computadores. Empresas de segurança digital alertam que hackers estão enviando
e-mail com suposta reportagem sobre a doença, mas quando se clica no link, programas maliciosos são instalados no
computador. E assim, os criminosos ganham acesso às senhas digitais, fotos e
arquivos das suas vítimas.
Mais que uma brincadeira de mau gosto,
espalhar esse tipo de mensagens pelas redes sociais é um desrespeito aos
milhares de africanos mortos e aos profissionais da saúde da África e de outros continentes que arriscam suas
vidas para trabalhar em hospitais precários nos países mais atingidos. São
esses profissionais que estão enfrentando uma doença que até agora foi
negligenciada pela grande indústria farmacêutica. Afinal, o vírus se concentra em
países muito pobres.
A população deve fazer a sua parte e se
manter informada. Mas que se busque informação com um profissional de saúde ou
por meio de veículos de comunicação e sites de notícias sérios e confiáveis. ( Texto extraído do espaço OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br.
Publicado no dia 20 de Agosto de 2014 pela FOLHA DE LONDRINA
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