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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A INTERNET “ SEM NOÇÃO “

       (publicado no dia 2º de agosto de 2014)
     Primeiro foram os boatos do aparecimento do primeiro caso de ebola no Brasil. Informação mentirosa que se disseminou nas redes sociais, na semana passada, levando pânico àquelas pessoas que se impressionam facilmente com notícias relacionadas a ma doença infecciosa. E muita gente deve ter se desesperado, pois a febre hemorrágica já matou mais de 1.200 pessoas no continente africano.
     O Ministério da Saúde agiu rápido e  usou também as redes sociais e os veículos de comunicação para desmentir a falsa notícia  plantada na internet.  Não há caso suspeito ou confirmado da  doença no Brasil, ressaltaram as autoridades da área da saúde.
     A vocação de algumas pessoas para criar um boato e espalhar o pânico deve encontrar explicação em um consultório psiquiátrico. Se esse comportamento já causa dano desde que o homem saiu da caverna  e começou a viver em comunidades, no século 21 os boatos encontram ressonância no ambiente virtual.
     E não são apenas os usuários  “sem noção” das redes sociais que usam a doença como tema de brincadeira de mau gosto. Criminosos virtuais se aproveitam da curiosidade da população sobre a epidemia do ebola para infectar computadores. Empresas de segurança digital alertam que hackers estão enviando e-mail com suposta reportagem sobre a doença, mas quando se clica no link,  programas maliciosos são instalados no computador. E assim, os criminosos ganham acesso às senhas digitais, fotos e arquivos das suas vítimas.
     Mais que uma brincadeira de mau gosto, espalhar esse tipo de mensagens pelas redes sociais é um desrespeito aos milhares de africanos mortos e aos profissionais da saúde da África  e de outros continentes que arriscam suas vidas para trabalhar em hospitais precários nos países mais atingidos. São esses profissionais que estão enfrentando uma doença que até agora foi negligenciada pela grande indústria  farmacêutica. Afinal, o vírus se concentra em países muito pobres.
     A população deve fazer a sua parte e se manter informada. Mas que se busque informação com um profissional de saúde ou por meio de veículos de comunicação e sites de notícias sérios e confiáveis.  ( Texto extraído do espaço OPINIÃO, opinião@folhadelondrina.com.br. Publicado no dia 20 de Agosto de 2014 pela FOLHA DE LONDRINA

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