Tudo à nossa volta é Química, pois todos
os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação.
Na limpeza de casa, e pessoal em nossa higiene pessoal, nas roupas que usamos.
Nossos alimentos naturais (frutas, verduras), precisam de fertilizantes ou
pesticidas para sua produção. Grande quantidade de meios de transporte tem como
combustível o óleo diesel, a gasolina, o querosene (etc), que são extraídos do
petróleo, e este é o resultado de uma transformação natural que levou milhões
de anos. A expectativa de vida do homem
aumentou muito, graças ao desenvolvimento da indústria farmacêutica
(analgésicos, antibióticos, antiinflamatórios, etc) e da Medicina
São muitos os produtos industrializados
cuja obtenção depende de transformações químicas: plásticos, vidros, tintas,
cimento, papel, fotografia, etc. O próprio corpo humano é formado por inúmeras
substâncias em constantes transformação, que possibilitam a movimentação, os
sentidos ( visão, audição, tato, paladar), a digestão, a respiração e o nosso
pensamento.
Diante dos exemplos, a Ciência Química
como parte do conhecimento socialmente produzido, possibilita ao aluno a
compreensão do processo de elaboração desse conhecimento, com seus avanços,
erros e conflitos. A consciência de que o conhecimento científico é assim
dinâmico e mutável, ajudará a todos a terem a necessária visão crítica da ciência.
Não se pode simplesmente aceitar a ciência
como pronta e acabada e os conceitos – atualmente aceitos pelos cientistas e
ensinados nas escolas - como “verdade
absoluta” Tampouco deve o aluno ficar com impressão de que existe uma “ciência”
acima do bem e do mal. A Ciência, e a Química como parte dela, deve ser
percebida como uma criação do intelecto humano. E quem se engaja no processo
acha-o intelectualmente excitante e diretamente útil na solução real de
problemas urgentes.
Percebe-se que a Química proporcionou e
ainda proporciona progresso, desenvolvimento e bem-estar para a nossa vida.
Contudo, são comuns os comentários que depreciam essa ciência, relacionando-as
negativamente às questões éticas.
Ainda são muitos aqueles que,
possivelmente, movidos por interesses pessoais ou de grupos, utilizam-se da
Química para conquistar ou manter privilégios. Mudar essa situação não é apenas
papel do químico, mas de toda a sociedade, que deve ser crítica e
participativa, exigindo que o conhecimento promova uma melhor qualidade de vida
e que permita uma coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente. (Texto extraído do espaço “ponto de vista”
escrito por NELSON ÁVILA SIMÃO, professor de Química e mestre em Ensino de
Ciências e Educação Matemática, publicado no JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira,
22 de Agosto de 2014)
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