Fórum apresenta caderno que aponta problemas e soluções para projeto local de Cidade Inteligente
O Fórum Desenvolve Londrina lançou nesta quinta-feira (14) o caderno “Londrina. Cidades Inteligente – Conceitos, Plano e Ações”, resultado de um ano inteiro de discussões em torno do tema. O caderno traz contribuições de 21 palestrantes especialistas na área do Brasil e do exterior. Algumas das contribuições foram a identificação de problemas e a proposta de soluções para Londrina se tornar uma cidade inteligente. “Com base nisso (as contribuições), fizemos esse caderno para entregar às autoridades e lideranças. Assim, o caminho fica muito mais tranquilo para a gente seguir do que partir do zero”, conta Ri Sudan, presidente do Fórum.
Entre os problemas apresentados pelo caderno estão a falta de um planejamento estratégico de médio e longo prazos para a cidade. “É impossível construir uma cidade inteligente sem planejamento de médio e longos prazos”, diz Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae/PR e membro do Fórum).
Outro item destacado pelo gerente, junto com Claudio Tadeschi – presidente da Acil *Associação Comercial e Industrial de Londrina), também membro do Fórum Desenvolve Londrina -, é o desenvolvimento de uma plataforma de Cidades Inteligentes aberta e integrada que permita o desenvolvimento de novas soluções. Um dos problemas da cidade, segundo o caderno, é a falta de adoção de uma plataforma única de base de dados que impede uma gestão colaborativa do município.
A avaliação de possibilidades de Parcerias Público-Privadas também foram ressaltadas pelo Fórum. “Tem que ser criada uma legislação que permita que o setor privado possa participar, contribuir para que esse conceito se torne realidade”, afirmou Feliciano. O gerente salientou também que a Sercomtel, como um dos ativos mais valiosos de TIC ( Tecnologia da Informação e Comunicação) da cidade, deve ser protagonista de um projeto de Cidades Inteligentes.
Roberto Nishimura, presidente da Sercomtel Participações, concorda que a empresa possui a infraestrutura básica para a transformação de Londrina em uma cidade inteligente. “Tudo o que você fizer para tornar uma cidade inteligente vai estar baseada em serviços de Tecnologia da Informação, e hoje em dia, um serviço de TI só funciona se você tiver uma rede de internet muito bem estruturada, com alta velocidade, alta disponibilidade. A Sercomtel deve ser a protagonista nessa infraestrutura.
Para que isso se torne realidade, no entanto, Nishimura destaca que é preciso investimento em fibra ótica. Hoje, Londrina tem 100% da rede de internet atendida por fio de cobre, porém, apenas 10% a 15% coberta por fibra ótica. A fibra ótica chega às principais avenidas e em praticamente todos os bairros da cidade, mas para que chegue até a casa ou a empresa do cliente, é preciso investimento. “E isso é um investimento que custa caro”, comentou o presidente da Sercomtel Participações.
De acordo com ele, no início do ano, estimava-se que o investimento necessário estaria na casa dos R$ 100 milhões, valor que pode mudar.
Segundo Pedro Sella, diretor de Ciência e Tecnologia da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), a Prefeitura irá aproveitar as contribuições do caderno no Plano Diretor da Cidade, no ano que vem. “São interessantes esses cadernos porque várias pessoas contribuíram com ele e, para nós será a chance de juntar todo esse material e começar a planejar a cidade, mas também usar isso como insumo no Plano Diretor que a gente vai realizar ano que vem”.
INDICADORES
Junto ao caderno “Londrina. Cidades Inteligentes”, p Fórum divulgou o Manual de Indicadores 2017, que contém mais de 60 indicadores atualizados sobre a cidade. Alguns deles aponta a evolução de Londrina como cidade tecnologicamente avançada. Segundo Paulo Sendin, secretário do Fórum Desenvolve Londrina, esses indicadores expressam a capacidade de criação de conhecimento, tecnologia e inovação da cidade, como o número de cursos técnicos e de graduação na cidade, de patentes concedidas, de engenheiros registrados no CRE (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e de doutores e mestres formados, por exemplo.
“O trabalho do Fórum tem sido muito importante para estudar analisar e propor souções a determinadas necessidades de Londrina. Este ano, com o tema Smart City, o Fórum estudou o que é necessário para fazer de Londrina uma cidade inteligente e humana”, afirma o superintendente do Grupo Folha de Comunicação, José Nicolás Mejía. Ainda, de acordo com ele, o caderno de indicadores traz uma série de dados que permitem avaliar o desenvolvimento da cidade no transcorrer do tempo.
O Grupo Folha de Comunicação é um dos patrocinadores do Fórum Desenvolve Londrina. (FONTE: MIE FRANCINE CHIBA – Reportagem Local, página 3, caderno FOLHA ECONOMIA & NEGÓCIOS, sexta-feira, 15 de dezembro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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