"A depressão será a doença mais incapacitante em 2020 e está aumentando em uma velocidade incrível", alertou a psicóloga Claudia Razente Cantero. |
“Depressão e ansiedade: como a psicologia pode ajudar? Este foi o tema da psicóloga especialista em análise comportamental do Núcleo Evoluir e professora do curso de Psicologia da Unopar Claudia Razente Cantero. A atividade, que faz parte do Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) do Grupo Folha de Comunicação, foi realizada na tarde desta segunda-feira (16) no auditório da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina).
Segundo a palestrante, a ansiedade e depressão são doenças que na década de 1980 atingiam principalmente pessoas com mais de 40 anos. Agora, no entanto, a prevalência já é alta para quem está na faixa dos 24 anos. Números considerados “alarmantes” por Cantero. “A depressão será a doença mais incapacitante em 2020 e está aumentando em uma velocidade incrível. A ansiedade também tem crescido e isso é muito ruim. Sabendo que as pessoas estão trabalhando cada vez mais e tendo cada vez mais atividades, há a probabilidade de desenvolver cada vez mais essas doenças”, alertou.
Ela explicou que a correria da sociedade atual tem aumentado as chances de aumento de casos de depressão e de ansiedade. “A depressão é quando alguém deixa de responder e se comportar da mesma maneira. Tem alteração do apetite e do sono, menos disposição para fazer as atividades. Geralmente ocorre quando é registrado algum evento, como a perda de alguém querido, a perda de emprego, um divórcio. A pessoa passa a se isolar, a sair menos socialmente e deixa de se relacionar com as pessoas. Isso gera uma série de prejuízos sociais , econômico”, destacou.
Questionada como diferenciar sintomas de depressão ou de ansiedade de emoções como a tristeza, Cantero explicou que é preciso observar a duração, a frequência e a intensidade desses sintomas. “No caso da depressão é quando ela sente esses sintomas todos os dias por pelo menos duas semanas. Esse é o momento de buscar ajuda”, apontou.
A psicóloga acrescentou que é normal sentir ansiedade e que existe a ansiedade boa e a ruim. A boa é quando acontece, por exemplo, antes de uma viagem. “A ansiedade ruim é quando a pessoa fica incapaz, se sente paralisada de fazer as atividades dela. É quando deixo de realizar uma palestra, de trabalhar ou de me relacionar com as pessoas por medo ser exposto, de passar vergonha, de não dar certo. Ou quando passo também a me isolar socialmente por conta disso”, esclareceu.
Cantero salientou que não importa se a pessoa procura um psiquiatra ou um psicólogo para tratar dos sintomas de depressão ou da ansiedade. “Um bom psicólogo vai indicar a necessidade de um bom psiquiatra se o paciente precisar de medicamentos. Assim como um bom psiquiatra vai indicar um psicólogo, se identificar a necessidade disso”, apontou. (VITOR OGAWA, Reportagem Local, página 6, FOLHA GERAL, terça-feira, 17 de outubro de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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