Venda é o que dá sustentação a qualquer empresa – mesmo às desorganizada. E como tem empresa desorganizada neste Brasil: pessoal trabalhando sem nenhum processo descritivo, alta demanda de tempo para tarefas breves, e o dia a dia de cada um muito parecido ao trabalho de um bombeiro, só apagando incêndios.
Este é um cenário comum por aqui. Tanto que 60% das empresas quebram até o segundo ano de sua implantação.
Mas não faltam mágicos e oportunistas que se aproveitam disso.
Certo dia, chega alguém com uma proposta fantástica: adquirir um sistema de Gestão – um programa para integrar as áreas da empresa e que irá custar algumas centenas de milhares de reais. O apelo é trocar dinheiro por uma empresa organizada.
Fofo! Mas não é o que acontece.
Quantas vezes já vi o antes, o durante e o depois da implantação de Sistemas em várias empresas. Não difere muito do Inferno de Dante.
O erro estúpido é pensar que um Sistema irá organizar a bagunça. Sabe quando? Tanto quanto um sofá novo conserta um casamento infeliz.
Qualquer empresa precisa de processos que funcionem, primeiro, manualmente. Só depois dessa regra perfeitamente cumprida é que seu pessoal estará apto a ser treinado para operar um Sistema de Gestão. Antes disso é um sonho, quando não um pesadelo caro demais.
Definitivamente: Sistema nenhum “salva a pátria”. E nem a lavoura.
Sistema é, antes de tudo, uma cultura organizacional que requer planejamento, preparo, investimento forte na educação de todos antes, durante e depois de alguém achar ser isto a mais genial das soluções. ( ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, espaço ABRAHAM SHAPIRO, segunda-feira, 30 de maio de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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