Os preços dos combustíveis praticados em Londrina há muito chamam atenção da população e da Justiça. Tanto que o alinhamento de preços e a acusação de cartel e de formação de quadrilha já levaram vários proprietários de postos à cadeia. No entanto, agora o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tem acompanhado a movimentação dos preços e já instalou inquérito a pedido da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
Até agora, em entrevista à FOLHA, o delegado do Gaeco Alan Flore, disse que há indicação de “manipulação criminosa” dos preços para beneficiar alguns poucos comerciantes do ramo e prejudicar os concorrentes. Também a apuração sinaliza que os preços seriam combinados entre poucos comerciantes, provocando variações em momentos em que não haveria alteração dos valores cobrados por fornecedores. Por enquanto a prática de cartel não está confirmada.
É importante que a Justiça acompanhe o setor porque há indícios de prejuízos aos consumidores. O combustível é um item de primeira necessidade para famílias e empresas e, por isso, a sua comercialização tem que ser balizada conforme as leis do livre mercado. É inadmissível que um município do porte de Londrina fique dependente de um pequeno grupo, cujo objetivo é o benefício próprio. Por isso, a atuação do Ministério Público é fundamental. Todo indício de irregularidade deve ser investigado e se ficar comprovado esses empresários têm que ser punidos. Toda ação é feita porque há a certeza da impunidade.
Também é importante que os consumidores façam a sua parte e abasteçam em postos que não participem desse conchavo. Alguns proprietários estão no mercado há anos, já foram presos e responderam processo judicial. Procurar estabelecimento idôneo fa muita diferença ao mercado. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br, página 2, terça-feira. 17 de maio de 2016, publicação do jornal FOLNA DE LONDRINA).
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