Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgado nesta semana apontam que Londrina acumula o fechamento de 1.136 vagas de janeiro a julho e de 2.927 no acumulado de 12 meses..
Em reportagem publicada na FOLHA nesta semana sobre o assunto, um especialista afirmou que o fato de o município ter o setor de serviços e comércio como base da economia influencia nos resultados negativos. O problema é que é grande a informalidade nesses setores e falta indústria na cidade. Os últimos dados mostram ainda que o encerramento das atividades de une empresa de call center, no mês passado, resultou na demissão de 1.1 mil trabalhadores na cidade.
Municípios menores também sofrem com o desemprego. De janeiro a junho, também segundo o Caged, os três principais municípios do Norte Pioneiro, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina, registram queda no saldo do emprego formal no setor do comércio. O entendimento é que, numa economia que passa por recessão, cidades que dependem de serviços e comércio mostram menor capacidade de recuperação do que municípios com agricultura e indústria fortes.
De forma geral, o mercado de trabalho encontra dificuldade para reagir diante de uma economia que não demonstra força. Segundo a última pesquisa Focus, a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 1,49% neste ano.
Há uma semana, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios). Do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou a falta de trabalha para 27,6 milhões de pessoas no País, no segundo trimestre deste ano.
O desemprego é, sem dúvida, um dos principais problemas a serem enfrentados de forma mais urgente pelos próximos governantes. Todos concordam que o País tem que retomar a estabilidade econômica para voltar a gerar empregos para a população. O desafio é implantar projetos e programas que amenizem a situação.
Diante do cenário, muitos jovens iniciam a vida no mercado informal, sem a garantia de ingressar numa carreira e obter benefícios a longo prazo. Alguns caminhos seriam o estímulo a setores como construção civil -, que teve papel fundamental na retomada do crescimento econômico do País, mas fechou muitos postos de trabalho com a crise nos últimos anos -, à formação da mão de obra e ao empreendedorismo. (FONTE: Página 2, coluna FOLHA OPINIÃO, sexta-feira, 24 de agosto de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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