Os benefícios da equoterapia para auxiliar no desenvolvimento de pessoas com necessidades especiais estão no Multi Agro desta semana
A equoterapia é um método terapêutico com cavalo utilizada para desenvolver e estimular o corpo e a mente das pessoas com necessidades especiais. O Multi Agro desta semana apresenta o trabalho desenvolvido com essa prática no Parque Ney Braga.
Não se sabe ao certo desde quando os cavalos começaram a ser usados em processos terapêuticos. Acredita-se que a equoterapia seja praticada desde a Grécia Antiga. No Brasil, o método foi reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina em 1997 e atualmente mais de 30 países utilizam a técnica.
Segundo Doris Alho, responsável pela equoterapia no Parque Ney Braga, não há idade para realizar o tratamento. Ele é indicado para quem possui alguma deficiência física ou mental, porém pode ser feito também por crianças que têm déficit de atenção e de aprendizagem.
Ela explica que “com o andar do cavalo, que executa um movimento tridimensional nós conseguimos normalizar o tônus muscular, a coordenação, a lateralidade”. As aulas também mexem com as cordas vocais ajudando a soltar a fala, a concentração e a autoestima dos praticantes.
Mas não é somente colocar o aluno em um cavalo e fazer os exercícios. Segundo Alho, a partir do diagnóstico da pessoa é escolhido o animal que irá trabalhar com ela. “Se eu tenho uma criança que é hipertônica e eu pegar um cavalo que tem uma amplitude do passo muito longa, vai piorar a situação. Se ele andar rápido também”, explica.
Os cavalos que são utilizados na terapia são selecionados de acordo com algumas características. A responsável diz que o animal não precisa que seja de uma raça específica. “O que importa são os detalhes como a andadura, amplitude de passo, perímetro torácico e mansidão do animal.”
Um dos praticantes da equoterapia no Ney Braga é o Lucas Cordeiro. Ele tem anóxia ( diminuição do oxigênio no sangue) o que o impede de ter controle sobre seus membros. O cavalo utilizado com ele tem amplitude do passo maior e é mais ligeiro para que sejam trabalhados o equilíbrio e o controle de Lucas. “Ele era muito molinho. Agora já coloco ele no braço e ele fica mais firme. É uma alegria muito grande”, conta a mãe Sidneia Cordeiro.
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