Semana decisiva para o Brasil. No próximo domingo (28 de outubro) estaremos voltando às urnas para escolhermos quem será nosso próximo presidente. Resta-nos agora optar por um dos dois nomes que apresentam duas ideias, dois projetos aparentemente distintos para o nosso país.
De ideias e projetos, acredito que o brasileiro já esteja cansado. Desde a redemocratização quantos “contos do vigário” já foram contados e o pior, acreditamos piamente neles. Já vivemos a caça dos marajás, mas eles permanecem mais vivos do que nunca, sendo que muitos deles vivem justamente das regalias governamentais e delas engordando suas contas aqui e em paraísos fiscais.
Já vivemos a era do combate a fome e à miséria, mas ela está aí viva, presente e enraizada nas entranhas em cada canto do nosso país, pois são milhares de famintos, que vivem como moribundos pelas ruas das nossas cidades ou de forma que beira a desumanidade.
Já vivemos tantas coisas, já vimos tantos planos e sonhos se desfazerem em uma velocidade alucinante que às vezes ter esperança torna-se uma tarefa difícil. Mas sabemos que sem ela não há vida.
No entanto o que mais vivemos é o famoso “estelionato eleitoral”. De campanha em campanha ele aparece, Promete-se mundos e fundos, são apresentadas soluções para todos os problemas, o que acaba proporcionando uma euforia por dias melhores. Na fase das promessas a esperança e com ela um sentimento de altruísmo que agora vai, que o Brasil vai dar certo. Mas basta chegar o dia 1º de janeiro com a posse do eleito que o castelo dos sonhos começa a ruir. As medidas que são tomadas nem sempre seguem as prometidas, na verdade a maior parte delas.
Mas viver em sociedade é assim, acreditar na democracia também é sonhar. E mais uma vez cada um de nós ao nos dirigirmos às urnas estaremos depositando nela a esperança por dias melhores, pois independente de qual seja a nossa escolha ela representa para cada um de nós o que seria o melhor para o momento que vivemos.
Todavia, o que mais queremos é que as promessas apresentadas durante campanha não sirvam apenas para ganhar a eleição, que elas, na pior das hipóteses, sejam testadas de fato. Pois não suportamos mais tantas mentiras e falsas promessas. O estelionato eleitoral enfraquece a democracia, cria seus monstros, permite que soluções antidemocráticas apareçam, o que seria de fato um retrocesso para a nossa nação.
As urnas nunca apontará um vencedor enquanto ela não apresentar o início das mudanças sociais que precisamos. Não queremos simplesmente a vitória do político. A urna deve representar a vitória da sociedade e dos seus anseios. Precisamos urgentemente reverter a lógica histórica que reina nas eleições no Brasil. Vamos mais um vez sonhar! (FONTE: WALBER GONÇALVES DE SOUZA, professor e escritor, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, quarta-feira, 24 de outubro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA. * Os artigos publicados devem conter os dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimos 1.500 caracteres. Os artigos publicados não refletem necessariamente a opinião do jornal. E-mail para opinião@jornaldelondrina.com.br );
Olá professor,
ResponderExcluirObrigado por ter compartilhado meu texto em seu blog.
Sinto-me honrado!!
Um abraço e saudações literárias!!!