Os sonhos são como vento: você os sente, mas não sabe de onde eles vieram nem para onde eles vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligência do cientista, dão ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem.
Há dois tipos de sonhos.
Primeiro, os sonhos produzidos quando mergulhamos no sono. Segundo, os sonhos que produzimos quando estamos acordados, vivendo as batalhas da existência, sentindo a vida que pulsa em nosso dia a dia.
Os sonhos gerados no sono têm grande importância para o desenvolvimento da inteligência. Quando adormecemos, o “eu”, que representa nossa vontade consciente, deixa de atuar logicamente, e, ao mesmo tempo, alguns fenômenos inconscientes começam a ler a memória e produzir ideias, imagens mentais, fantasias e personagens. Há uma explosão criativa nos sonhos noturnos, uma releitura do passado.
Esses sonhos são como complexos filmes arquitetados sem um diretor, sem uma condução lógica. Resgatam as informações do passado recente ou remoto, dando novas formas, cores e sabores às experiências vividas.
Os sonhos noturnos não são inofensivos, pois se registram na memória e podem tanto expandir o aprendizado e enriquecer a personalidade quanto alimentar a insegurança e a ansiedade. Entretanto, não é sobre eles que vou discorrer neste livro.
Vou falar sobre os sonhos diurnos. O sonho que produzimos quando choramos, brincamos, cantamos, falamos, silenciamos. O sonho que borbulha quando nasce um filho, quando conquistamos um amigo, ganhamos aplausos, recebemos vaias. O sonho que brota quando beijamos quem amamos.
Assim como os noturnos, os sonhos diurnos não são produzidos apenas pela motivação lógica e consciente do “eu”, mas também por fenômenos inconscientes que geram uma usina de emoções e uma fonte de pensamentos.
Moisés , Momé, Buda, Confúcio, Sócrates, Platão, Max Weber, Marx, Kant, Thomas Edison, Machado de Assis, Sun Tzu, Khalil Gibran, Hegel, Maquiavel, Agostinho e muitos outros foram grandes sonhadores.
Esses homens mudaram a história porque tiveram grandes projetos. Tiveram grandes projetos porque viveram grandes sonhos. Seus sonhos aliviaram suas dores, trouxeram esperanças nas perdas e renovaram suas forças nas derrotas.
A criança e o Sábio
Um dia uma criança chegou diante de um sonhador e perguntou-lhe: “Que tamanho tem o universo?” Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu: “O universo tem o tamanho do seu mundo”.
Perturbada, ela novamente indagou: “Que tamanho tem o meu mundo?” O pensador respondeu: “ Tem o tamanho dos seus sonhos.”
A juventude está perdendo a capacidade de sonhar.
Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos. Desejos não resistem às dificuldades; sonhos são projetos de vida, sobrevivem ao caos.
Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.
Este livro foi escrito para todos os que precisam sonhar. Ele fala sobre a ciência dos sonhos, a mente dos sonhadores, a personalidade dos que nunca desistiram dos seus sonhos.
Acima de tudo, este livro ensina a pensar. Uma mente saudável deveria ser uma usina de sonhos. Pois os sonhos oxigenam a inteligência e irrigam a vida de prazer e sentido. (FONTE; Páginas 7, 8 e 9 do livro pocket NUNCA DESISTA DE SEUS SONHOS, autor Augusto Cury, Sextante Editora).
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