Crônica escrita por MARINA IRENE BEATRIZ POLONIO, leitora da FOLHA, caderno FOLHA RURAL, 22 e 23 de janeiro de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Tenho tanto amor pela Natureza que isso me leva a praticar uma dentre tantas ações sustentáveis que existem para conservar sua existência. Assim, decidi escrever sobre essa ação que considero fácil de realizar, a chamada compostagem.
Para quem não sabe o que significa compostagem explico que se trata de reciclar o lixo doméstico. O lixo doméstico é que me refiro é aquele que produzimos em casa (ex.: cascas de frutas, de ovos e de legumes, restos de verduras e outros rejeitos alimentares, guardanapos de papel sujos etc.), ou seja, é aquele resíduo sólido que, depois acumulado e tratado por nós, vai se decompondo até se transformar em um composto orgânico que acaba servindo como adubo para nossas plantinhas. Deriva do termo composto o nome compostagem.
O composto produzido por meio do processo de compostagem é adubo poderoso por sinal, já que não contém inseticidas ou pesticidas e, também porque vai reduzir a poluição de solos, lençóis freáticos, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa que vão para a atmosfera.
O adubo proveniente da compostagem, além de alimentar com nutrientes minerais plantas de nossa horta e jardins, ainda, reduz o volume de lixo a ser enviado para os aterros e vai servir como rico alimento para o solo onde será depositado. É o húmus propriamente dito.
Minha composteira doméstica é fácil de “alimentar” e não dá muito trabalho porque seu manuseio é prático. Nela eu coloco, primeiramente, uma camada de serragem e vou acrescentando os lixos orgânicos conforme surgem. Ali eu coloco materiais secos (folhas de plantas e gravetos) e depois os úmidos (cascas de legumes e de frutas, restos de verduras, cascas de ovos, etc.). Logo que tenho de acrescentar mais material, também coloco sobre ele uma camada fina de terra/serragem/folhas e galhos secos para não atrair moscas. Assim procedo até a cesta encher para depois deixá-la descansar por dois meses ou mais.
Sempre tomo o cuidado de não deixar de céu aberto porque, caso o composto seja molhado pela chuva ele vai exalar mau cheiro. Portanto, se você tiver certos cuidados, você pode fazer a compostagem na sacada de seu apartamento.
Mas deixo aqui um aviso: o material da composteira precisa ser revolvido. Um primeiro revolvimento deve acontecer de duas ou três semanas após colocarmos o lixo no recipiente; o segundo revolvimento deve ser feito três semanas após o primeiro e, o terceiro deve ser praticado dez semanas após a colocação inicial do lixo para que o oxigênio se incorpore bem ao material que está sendo processado.
Depois de todo o material colocado, embaixo da cestinha eu coloco um aparador para o chorume (líquido gerado pela decomposição do lixo), esse material líquido eu soube por um agricultor meu amigo pode ser utilizado como adubo líquido (dez partes de água para uma de chorume) e como pesticida (meia parte de chorume e meia de água que será borrifada nas plantas). De forma que tudo se aproveita no processo de compostagem, o que está de acordo com o que afirmava o químico Lavoisier há séculos: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Quer praticar compostagem? Pesquise mais e...mãos à obra! FONTE: (Crônica escrita por MARINA IRENE BEATRIZ POLONIO, leitora da FOLHA, página 2, coluna DEDO DE PROSA, caderno FOLHA RURAL, 22 e 23 de janeiro de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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