Autora do hit “Trem Bala”, cantora estreia quadro no Youtube, prepara novos singles e encerra turnê do show que percorreu o `Pais
Apesar de todo o sucesso que alcançou – incluindo mais de 100 milhões de visualizações na internet, a música “Trem Bala” está longe de ser uma unanimidade. “Ouço muita gente dizer que não aguenta mais ouvi-la. Imagine eu, que há dois anos acordo, canto Trem-Bala e durmo. A minha vida é praticamente isso”, diz aos risos a autora da canção no primeiro vídeo do recém-criado quadro “Cafofo na Ana”, que estreou há duas semanas no YouTube. É nesse clima de descontração que Ana Vilela pretende postar vídeos que trata de temáticas diversas criando uma maior interação com seus público.
“Tenho mais de 1 milhão de inscritos no meu canal no YouTube. É um público muito grande e diverso. Através deste canal quero falar diretamente com as pessoas sobre coisas do cotidiano. Quero mostrar como é a minha vida, o que penso, como é o meu dia-a-dia”, afirma a cantora e compositora londrinense que ao ressaltar que apesar de brincar dizendo que não aguenta mais cantar “Trem-Bala” continua adorando a música. “Devo a ela tudo de bom que tem acontecido em minha vida”, resume.
Entre as conquistas proporcionadas pelo hit está uma indicação ao Grammy Latino 2018 na categoria “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa” por seu disco de estreia batizado com o nome da própria artista e lançado no ano passado. “Fiquei louca quando soube que fui indicada. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer logo no primeiro disco. É um prêmio que tem um significado maior, pois a indicação é feita por gente que entende muito de música. Apesar de não ter ganhado, foi maravilhoso participar da cerimônia da premiação que aconteceu em Las Vegas (EUA), conta a cantora sobre a sua primeira viagem internacional.
Outra grande experiência citada por ela foi a mudança para o Rio de Janeiro, onde morou durante quase um ano. “Foi incrível passar uma temporada no Rio, uma experiência que me fez amadurecer bastante. Mas já voltei a morar aqui, que é onde estão minha família e meu escritório que cuida de toda a parte administrativa da minha carreira. Adoro Londrina e só viajo nos finais de semana para fazer shows e agora também para gravar os vídeos do meu canal”, destaca.
As gravações têm acontecido na sede da gravadora Som Livre, no Rio de Janeiro. ”Eu faço o roteiro e o pessoal da gravadora cuida da produção e da edição. Gravamos uma média de oito vídeos por vez e as postagens são feitas semanalmente, sempre às quartas-feiras, às 11 horas”, ressalta a cantora ao comentar que sempre gostou de acompanhar vídeos de youtubers famosos e que alguns deles acabaram servindo de referência na hora de criar o “Cafofo da Ana”. “Sou fá do Felipe Neto, Kéfera e `C Siqueira, entre outros. Ainda fico um pouco tímida nas gravações dos meus vídeos, mas o objetivo é ficar cada vez mais descontraída e dar um ar de leveza mesmo quando tratar de assuntos mais sérios”, afirma.
HATERS
Apesar do gigantesco número de fás que interagem com ela nas redes sociais e pelas ruas, a cantora diz que também já aprendeu a lidar com os haters ( os que odeiam). “A grande maioria das mensagens que recebo pela internet são de elogios e de apoio. Mas tem gente que escreve muitas coisas ofensivas. Quando isso acontece falo com meu advogado e e após identificar os autores das mensagens entro em contato e sugiro que a pessoa mude sua postura para evitar um processo na justiça. Geralmente são adolescentes que reproduzem o preconceito herdado de seus pais, mas que com medo de que o caso seja levado adiante acabam pedindo desculpas e dizendo que não queriam me ofender”, relata.
Ana acredita que as agressões acontecem devido à bandeiras que levanta, como o fato de ser casada com uma mulher ou por estar acima do peso. “Desde que surgi, optei por me mostrar como realmente sou. Já cheguei a ser ameaçada de morte quando estava voltando para casa em Londrina após ter votado no segundo turno das eleições . Confesso que fiquei com medo, mas acho importante continuar lutando pelos nossos direitos, principalmente neste complicado momento político que estamos vivendo”, ressalva.
A cobrança em torno da expectativa de que surjam outros hits como o “Trem-Bala” é outra constante na vida da artista. “Logo que a música explodiu até eu cobrava isso, mas com o tempo fui relaxando. Quando compus esta música eu estava falando de coisas tão minhas que nunca achei que alguém poderia se identificar com o que estava dizendo. Aliás todo o meu primeiro disco é feito de temáticas muito pessoais. Hoje em dia já tenho uma outra forma de compor. Não preciso necessariamente falar de intimidades, algo que eu vejo em um filme ou uma série de TV, por exemplo, pode me servir de inspiração”, comenta.
Ela comenta que esse novo olhar sobre a música estará bastante evidente em sua nova safra de composições. “Quero mergulhar numa sonoridade mais pop. Também estou pensando em algumas participações especiais, porém ainda não posso citar nomes. O que posso adiantar é que nos próximos meses começaremos a soltar alguns singles que farão parte dos singles, Ana Vilela encerra daqui a suas semanas a turnê “Trem-Bala”, com a qual viajou para todas as regiões do País no ano passado”. “Faço o show de encerramento no próximo dia 26, no Teatro J. Safra, em S. Paulo. E, na sequência, já começamos a montar um novo espetáculo que devemos colocar na estrada em breve”, adianta a londrinense. FONTE: MARCOS ROMAN, Reportagem Local, FOLHA 2, página 4, 19 e 20 de janeiro de 2019, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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