O discurso do presidente Jair Bolsonaro durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, nesta terça-feira (22) durou menos de 10 minutos, mas teve ingredientes necessários para causar boa impressão entre investidos estrangeiros. Analistas políticos disseram que o mandatário brasileiro poderia ter prolongado mais a sua fala e se posicionado melhor em questões como as reformas estruturais. Enquanto aliados consideraram o discurso “geral”, adversários apontaram que ele foi “superficial e vazio”.
Mas o fato é que Bolsonaro foi a novidade do Fórum, pois este ano o encontro não teve a presença de estrelas políticas como os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, da Franã. Emmanuel Macron, e da primeira ministra britânica Theresa May.
Bolsonaro preferiu evitar polêmicas e tirou proveito da oportunidade ao adotar um discurso em que se compromete com a transformação do Brasil. É a primeira vez que um líder latino-americano discursa em uma sessão inaugural do fórum mundial de Davos. Tanto que ao anunciar Bolsonaro, o fundador do encontro Klau Schwab, destacou que o Brasil é a oitava maior economia do mundo e tem a sexta maior população do planeta.
O presidente brasileiro se comprometeu em trabalhar pela estabilidade macroeconômica, respeitando contrato e promovendo o equilíbrio das contas públicas. Ele frisou principalmente que seu governo terá foco na abertura econômica. Ou seja, garantiu que o País está aberto para negócios. Também defendeu as suas ideias para a preservação do meio ambiente e se comprometeu em trabalhar em conjunto com outros países para reduzir as emissões de carbono. E ao levar com ele para a Suíça o ministro da Justiça Sérgio Moro, Bolsonaro reforça a mensagem que sua gestão pretende se diferenciar das anteriores com adoção de práticas rígidas anticorrupção.
Embora o discurso na abertura do fórum não seja o melhor momento para detalhar as reformas tributárias e da Previdência, havia uma expectativa nesse sentido. A aprovação das reformas no Congresso é, neste início de mandato, o maior desafio de Bolsonaro. Talvez, por isso, ele tenha preferido não gerar expectativa entre os estrangeiros, correndo risco de expor um planejamento que pode sofrer mudanças à medida que as reformas comecem a ser votadas na Câmara e no Senado; É melhor se comprometer com o que pode ser realizado. (FONTE: Editorial do jornal Folha de Londrina, página 2, coluna Opinião, opinião@jornaldelondrina.com.br quarta-feira,1, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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