Se você deseja ter boa relação com seus vizinhos deve ter em mente que existem regras e atitudes concretas que vão a favor de uma boa convivência e que, muitas delas estão descritas no nosso Código Civil.
Não sabia disso? Então saiba que alguns assuntos como barulho, muros, árvores, animais, crianças, animais de estimação, etc., são contemplados no Código Civil, por se tratarem de principais focos de tensão entre vizinhos e por terem gerado conflitos.
Vizinhança é assunto sério!
E as regras e leis não valem apenas para condomínios. Mesmo morando numa casa, porque as pessoas são diferentes, existem normas para o relacionamento de vizinhança residencial também.
Vizinhos são necessários e podem ser bons. Basta que você tenha com eles atitudes de boa vontade e tolerância, tão necessárias ao convívio comunitário.
Outras atitudes que podem aproximar vizinhos (ou até afastá-los caso não sejam praticadas) são, dentre outras, o respeito ao próximo, a cordialidade (desejar um bom dia/boa noite), a cooperação entre vizinhos no que for possível etc., enfim, buscar conquistar os vizinhos angariando simpatia.
Mas um convívio que se pretenda salutar implica muito mais do que apenas isso, devemos ter o telefone dos vizinhos – e até mesmo de familiares próximos – para ajudarmos em qualquer tipo de problema que precise ser comunicado imediatamente, como doenças, roubos, morte, incêndio, etc.
A questão do barulho é fato que exige bom senso entre vizinhos. Não é porque a Lei estabelece as 22 horas como limite para o som alto que não devemos nos preocupar se nosso vizinho tem alguém doente em casa ou se algum familiar seu acabou de falecer. Devemos proceder com empatia para não perturbarmos o sossego do lar vizinho com barulheiras em respeito às dores e repouso do doente e, também no que diz respeito aos sentimentos ao vizinho que perdeu um ente querido.
Você tem cachorro? Ah. Então cuide para que ele não atravesse a grade e invada os domínios dos vizinhos ou a rua. Se ele é seu, a responsabilidade legal também é!
A construção, conservação e manutenção dos muros também está normatizada e responsabiliza ambos os vizinhos por isso.
Outra questão que ocorre é que haverá momentos em que você se verá sujeito a cortar árvores de seu quintal porque sujam a calçada ou piscina do vizinho. Isso é o certo a ser feito.
E as frutas provenientes de árvores frutíferas que passam por cima de seu muro são do seu vizinho a não ser que ele as dê para você ou permita que você as apanhe. Ah! se elas caírem do seu lado passam a ser suas.
Caso haja alguma planta trepadeira que “teima” adentar o espaço do seu vizinho, o melhor a fazer é cortá-la para evitar conflitos.
Não deixar quaisquer tipos de sujeira caírem no quintal do vizinho é norma de vizinhança também, mas caso caiam, procure limpar. Outro exemplo; se você construiu um cômodo ou mesmo um muro, e seu pedreiro exagerou no chapisco a ponto de ele atingir a parede ou outra parte da casa do vizinho, peça desculpas ao vizinho e permissão para seu pedreiro limpar a sujeirada.
Quando for molhar suas plantas procure não direcionar o jato d’água para o alto, para não molhar partes da casa do vizinho ou alguém que esteja passando.
Procure orientar seus filhos/ netos/visitas a não jogarem objetos – por menores que sejam – na casa dos vizinhos. Se acontecer, peça desculpas e procure evitar novas ocorrências e impasses judiciais.
Com essas poucas orientações se torna, basicamente possível, você se dar bem em qualquer lugar do mundo porque estará praticando a política da boa vizinhança. Assim, os tribunais ficarão sujeitos a menor número de processos sobre conflito entre vizinhos e você terá paz e sossego. (Crônica escrita por MARIA I. BEATRIZ POLONIO – leitora da Folha, página 2, caderno FOLHA RURAL, 8 e 9 de setembro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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