Sentado e a folhear as extensas páginas de
um jornal diário, sou, automaticamente, levado a relembrar do meu mais recente sonho. Em poucas horas, visitei uma civilização onde a educação não
era apenas uma prioridade, mas o bem mais precioso. Lá os índices de
analfabetismo beiravam a zero, pagar para ter um ensino de qualidade
era considerado crime. Ali, pude conhecer estudantes realmente conscientes,
pois o principal objetivo girava em torno de uma formação crítica.
Eu estava em uma cidade em que sempre imaginei, porém nunca, até o momento tivera a oportunidade de conhecer. Lembro que senti uma emoção inesquecível ao descobrir tamanha a qualidade do ensino. Via de longe o sorriso dos professores, que denunciavam a satisfação ao serem respeitados e valorizados por seu trabalho. Os estudantes acompanhavam vidrados cada palavra pronunciada por seu mestre que, como João-de-barro, que aos poucos vão construindo sua morada, ele, por meio do conhecimento, ia formando verdadeiros cidadãos.
Diante daquela realidade, pude deduzir que, naquela civilização, jamais existiu greves de professores, insatisfação salarial, corte de recursos da educação. A palavra cotas tinha sido extinguida do vocabulário há muitos anos, pois os estudantes pobres, negros, ricos, tinham a mesma qualidade de ensino.
Em frente às páginas do jornal, o meu sonho é contaminado pelas mais recentes notícias dos descasos não só com a educação, mas também com professores e funcionários. É inacreditável que esses funcionários tenham de fazer uso de greves e de manifestações para exigir o que devem receber por direito. Fecho as páginas do periódico com ódio, ressentimento e com verdadeiro desconforto; no entanto, carregando, no mais fundo do meu ser, a esperança da renovação, torcendo para que a cidade que um dia visitei, em sonho, torne-se a minha, a sua, a nossa realidade. ( Texto escrito por LEANDRO BRITO, estudante de jornalismo em Londrina, publicado no caderno FOLHA 2, pág 3, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015).
Eu estava em uma cidade em que sempre imaginei, porém nunca, até o momento tivera a oportunidade de conhecer. Lembro que senti uma emoção inesquecível ao descobrir tamanha a qualidade do ensino. Via de longe o sorriso dos professores, que denunciavam a satisfação ao serem respeitados e valorizados por seu trabalho. Os estudantes acompanhavam vidrados cada palavra pronunciada por seu mestre que, como João-de-barro, que aos poucos vão construindo sua morada, ele, por meio do conhecimento, ia formando verdadeiros cidadãos.
Diante daquela realidade, pude deduzir que, naquela civilização, jamais existiu greves de professores, insatisfação salarial, corte de recursos da educação. A palavra cotas tinha sido extinguida do vocabulário há muitos anos, pois os estudantes pobres, negros, ricos, tinham a mesma qualidade de ensino.
Em frente às páginas do jornal, o meu sonho é contaminado pelas mais recentes notícias dos descasos não só com a educação, mas também com professores e funcionários. É inacreditável que esses funcionários tenham de fazer uso de greves e de manifestações para exigir o que devem receber por direito. Fecho as páginas do periódico com ódio, ressentimento e com verdadeiro desconforto; no entanto, carregando, no mais fundo do meu ser, a esperança da renovação, torcendo para que a cidade que um dia visitei, em sonho, torne-se a minha, a sua, a nossa realidade. ( Texto escrito por LEANDRO BRITO, estudante de jornalismo em Londrina, publicado no caderno FOLHA 2, pág 3, espaço CRÔNICA, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015).
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