Foi sem querer querendo que ele alegrou nossa vida, que ele morou lá em casa, que ele
entrou na família para nunca mais sair. Foi sem querer querendo que ele aprontou com o
Quico,que ele casou com Florinda e disse: -Senhor Coração, o Senhor tem uma
grande barriga!
Foi sem querer querendo que ele
foi nosso bardo, Shakespeare da criança quer o Sílvio Santos programou
quando não tinha mais nada. Foi sem querer querendo que esse menino de rua sem
amparo de ninguém, que dormia à luz da lua, pôde fazer tanto bem
Foi sem quere querendo que ele foi contra o aborto, que ele era a favor da
vida mesmo em um mundo danado e em uma
era perdida.
Foi sem querer querendo que ele partiu na
sexta-feira deixando a criançada – hoje adultos estressados – com saudade a
vida inteira
Chaves, Chaves querido, órfão
desde o nascimento, que morava em um tonel, feito grego de outros tempos, agora
mora no Céu
Chaves, Chaves colega, foi encontrar seu Madruga na vila do Paraíso,
bem melhor do que Acapulco. Moleque, tome juíz
Chaves, Chaves palhaço,
inspiração na humildade, humildade na
inspiração, aceite o meu abraço e a nossa gratidã
Chaves, Chaves irmão, que dizia
aos quatro ventos: - Ninguém tem paciência comigo! Saiba que meus pensamentos estão
com você, amigo. Chaves, Chaves menino, agora eu também sou
órfão e mais que nunca te entendo. Obrigado
por fazer tanto mesmo sem querer querendo! ( Texto escrito por PAULO BRIGUET briguet@jornaldelondrina.com.br extraído do espaço DIA DE CRÔNICA, pag 8 do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira,
1 de dezembro de 2014).
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