Aqueles que já leram meus “desabafos”
sabem da minha preocupação com meus amiguinhos e visitantes, assim como das demais pessoas ,
no que se refere à alienação ou distanciamento da vida real presente e apego à
tecnologia. O grupo ao qual me reporto é aquele que se distancia do
relacionamento real, valorizando
excessivamente o virtual. Conheço pessoas que voltam do trabalho, dormem
umas 6 horas e passa a noite nas redes sociais, em salas de chat pela internet
ou por telefone. Nada de tão anormal, porém, ao serem questionadas sobre os acontecimentos do dia a dia e como
tem sido o lazer da turma e suas perspectivas sobre a profissão a seguir,
etc, ficam emudecidas. Percebo uma
dificuldade gigantesca em expor seus pensamentos. Fico assustado ainda mais
quando tenho a oportunidade de ver a questão da escrita e da leitura. Peço que
leiam – por exemplo – um torpedo que receberam e que demoraram muito na
decodificação do mesmo. A dificuldade é tão grande que fico penalizado.
Talvez seja falta de motivação ou falha na
educação de berço e do ensino fundamental. Culpa do sistema educacional que
piora progressivamente segundo meu entendimento. A falta de informação e o excesso de informação
gratuita. Penso num garotinho em uma
loja repleta de presentes tentadores e a dificuldade da escolha. Por analogia é
mais ou menos assim. O meio termo é sempre o fiel da balança. Toda manhã ao ler
o Jornal de Londrina e Folha de Londrina vejo a riqueza de reportagens
mostrando o sucesso obtido por muitos jovens, hoje empreendedores em potencial,
pessoas aposentadas que voltam às atividades de trabalho e aos estudos, ONGs que
lutam para a renovação de vidas, agendas culturais, enfim, um recheio
fantástico de boas informações disponíveis gratuitamente. E o pior, uma parcela
razoavelmente nada disso percebem. O
vocabulário é pequeno demais para entender o que foi redigido. Tento mostrar a
disponibilidade de “conhecimentos, aulas em vídeos, cursos online gratuito", e, uso um pouco do meu parco conhecimento para
estimulá-los . Alegam que o computador corrige os erros e que a calculadora faz as contas não havendo necessidade de saber
a tabuada. E por aí segue uma infinidade de recursos que julgam
suprir as falhas por mim alegadas. Felizmente sempre há algum retorno.
Mas fico seriamente preocupado, assustado e triste. . Desculpem-me pelo
desabafo. A vontade falou mais alto. A
educação é a base de tudo. Educação que vem do berço e a da Escola que enfrenta
um desafio assustador.
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