Editorial do jornal FOLHA DE LONDRINA, dia 1 de agosto de 2019.
Não é de hoje que se discute a necessidade do Brasil promover uma ampla renovação política, Velhos costumes se perpetuam no Congresso e nas assembleias estaduais e câmaras municipais. Um dos obstáculos par essa renovação está justamente na falta de envolvimento dos jovens aos temas e à carreira política. A baixa procura pelo título de eleitor entre a população na faixa de 16 a 18 anos é só um exemplo.
O distanciamento pode ser cultural, pois de uma maneira geral o brasileiro é um povo desiludido com a política. Os vícios do sistema, a corrupção sistêmica, a disparidade entre o modo de vida dos políticos e do povo fazem com que o cidadão brasileiro não se sinta representado.
Por um lado, o distanciamento é confortável para muitos agentes públicos que não querem renovação e temem um eleitor consciente e fiscalizador. O apolitismo é interessante para quem não quer mudanças. Considerando o cenário acima, é fácil entender porque são poucas as iniciativas de aproximação entre os jovens e as instituições políticas. Mas no Paraná, há algumas experiências importantes. É o caso da Assembleia Legislativa e o seu Parlamento Universitário, que este ano contou com a participação de estudantes de 12 instituições de ensino superior. Durante duas semanas, aproveitando o recesso parlamentar, os acadêmicos apresentaram e votaram proposições na AL (Assembleia Legislativa), sabatinando autoridades e participaram de uma série de discussões.
Trinta e sete propostas dos universitários chegaram a plenário e com o fim do recesso, no dia 5 de agosto, os parlamentares “oficiais” poderão s analisar as ideias dos jovens “colegas”. Agora, os deputados poderão apadrinhar as propostas que eles gostarem e transformar em projeto de lei.
Projetos como esse são oportunidades de transformação, tirando o cidadão do apolitismo e ajudando-os a se tornarem atuantes em suas comunidades e até considerarem uma carreira política, garantindo maior representatividade. É uma contribuição importante para a politização da sociedade.
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(FONTE): Editorial publicado pelo jornal FOLHA DE LONDRINA, coluna FOLHA OPINIÃO, folha 2, quinta-feira, 01 de agosto de 2019).
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