EDITORIAL do jornal FOLHA DE LONDRINA, 03 e 04 de agosto de 2019.
O prédio que abriga a Biblioteca Pública de Londrina e o Teatro Zaqueu de Melo receberá melhorias. Não é a ampla reforma que garante o funcionamento do teatro, fechado desde meados de 2017, mas ações emergenciais como a troca de telhado, pintura da fachada e conserto do piso da calçada, melhorando a acessibilidade e preservando a referência histórica das pedras petit-pavé.
O prédio foi construído em 1947 no local onde existia a antiga quadra de tênis dos ingleses, na época da colonização. Inicialmente, abrigou o Fórum de Londrina, mas desde a década de 1980 é sede da Biblioteca Pública.
Não é uma grande intervenção e infelizmente ainda não será possível reformar o Zaqueu de Melo, obra que está sendo esperada há muitos anos. Porém, é um avanço na preservação do patrimônio histórico e cultural de Londrina. E mais do que isso: a restauração de edificações de valor histórico, como já vem acontecendo com o Museu de Arte (antiga rodoviária) aponta para a tão sonhada requalificação do centro, perdendo características de degradação para ganhar valor e identidade.
O patrimônio histórico e cultural ajuda a preservar a memória coletiva da comunidade, permanecendo viva a sua história. Cuidar bem desse patrimônio é o que vai ajudar é o que vai ajudar a construir aquele famoso sentimento de “pertencimento” à comunidade, que passa a se sentir responsável também pelos espaços públicos.
Londrina tem belíssimos prédios históricos e antigas praças, algumas em processo de revitalização, como a Praça da Bandeira e a Rocha Pombo. É bastante aguardada a revitalização do Bosque Central, da Concha Acústica e da Rua Sergipe. Mas não adianta o poder público fazer a parte dele se a população não abraçar o desejo de manter a cidade bonita até mesmo para cobrar da administração municipal um cronograma de manutenção.
É neste ponto que entra a educação patrimonial, uma necessidade para os brasileiros de todas as idades e classes sociais. Estamos falando em livrar-se da política do descaso e passar a capacitar o cidadão, desde criança, a respeitar e usufruir melhor desses bens.
Obrigado por ser nosso leitor! (FONTE: Página 2, coluna FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br 03 e 04 de agosto de 2019).
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