- Louca, eu ?
Quando rouca
De bradar que te amo
pelas ruas vago
Amargando a solidão
Que trago ?
De trago em trago
Te ausentas da vida...
Afugentas o amor
em espirais de cigarro..
Até nos passeios desconversas,
dizes palavras dispersas...
Se me calo entristecida,
aumentas volume do som do
carro.
Em teu egoísmo esbarro.
É tão difícil compreender-te,
fazer-te feliz...
Mesmo assim, sempre te quis,
é em ti que me amarro.
- Louca, eu ?
Nem tanto !
Não conheces o pranto
que sufoco escondida...
Se amor é também loucura
sei que meu amor não tem mesmo cura
:
- és a razão desta minha vida !
- Louca, eu?
Não...
- Eterna mente enlouquecida !
( Escrito por nossa poetisa LEONILDA
YVONNETI SPINA, no livro de Poemas GIRASSÓIS,
pag. 109, LONDRINA, 1998 )
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