Aqui estou eu novamente, inconformado com o despreparo e não estimulação dos pais para o hábito da leitura em seus filhos. Amanhã completarei 79 anos de vida – se assim Deus o permitir – e já em meu humilde e pretenso blog falei sobre tal assunto, referindo-me, especialmente, a meu saudoso pai.
Para quem pela primeira vez estiver lendo o ‘meu desabafo’, sintetizarei a forma como meu pai, com apenas o 3º ano primário, portanto meio autodidata fazia para nos estimular a ler.
Antes de dormir, reuníamos em uma cama e ouvíamos as histórias do conto de fadas e também um pouco de sua vida quando criança, seus sonhos, ilusões, dificuldades e persistência em seu objetivo. Ouvíamos atentamente. Ensinava-nos também algumas belas canções.
Dizia que queria ver quem contava melhor a história que acabara de nos contar. Assim fazendo exercitava nossa memória auditiva e a interpretação oral.
Em continhas de somar e diminuir ele tinha um método tão gostoso que aprendemos a subtrair somando, isto é, já fazendo a prova real. Não sei explicar como ele fazia. Mas aprendíamos.
Dizia que queria ver quem contava melhor a história que acabara de nos contar. Assim fazendo exercitava nossa memória auditiva e a interpretação oral.
Em continhas de somar e diminuir ele tinha um método tão gostoso que aprendemos a subtrair somando, isto é, já fazendo a prova real. Não sei explicar como ele fazia. Mas aprendíamos.
Quando fomos para a escola, já sabíamos o !abc", escrever nosso nome, de cor, as estações do ano, os dias da semana, os meses, pequenas noções bíblicas. Naquela época, nós católicos não podíamos ter a Bíblia em casa. Não fomos, então, evangelizados como hoje em dia.
Como diz a máxima que “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”, ele era um homem que adorava “as letras”. Aconselhava a não economizar nos livros e revista, assim como para a saúde não comer os hoje “fast-food”.
Meu irmão Nilton Rubens, o mais velho da família, aprendeu a lição. Quando chegava em sua casa para visita rotineira, várias vezes encontrava o casal sentados na varanda de sua casa e seu casal de filhos - todos com um livro nas mãos e silenciosos, absorvidos na leitura. A televisão sempre na TV Cultura.
Hoje seus filhos colhem os frutos. Todos formados em curso superior e seu neto com doutorado em inglês.
Mas sou otimista e creio que a nova geração está aprendendo a gostar dos livros e os autores já com linguagem e temas apropriados já estão vendo seus leitores visitando bienal de livros e conversando dom eles. Felizmente.
Volto eu para minha leitura e peço desculpas pelo desabafo e agradecido aos visitantes e seguidores.
Aproveito para desejar a todos uma "FELIZ PÁSCOLA"! (José Roberto).
Aproveito para desejar a todos uma "FELIZ PÁSCOLA"! (José Roberto).
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