Em 2018, secretaria de Maringá encaminhou 31 morcegos para exame para confirmar diagnóstico de raiva
Maringá – A Secretaria de Saúde de Maringá (Noroeste) orienta a população sobre o perigo do contato com morcegos. Em 2018, segundo informações da prefeitura, foram encaminhados 31 morcegos para o Laboratório Central do Paraná, em Curitiba, para fazer exame para confirmar o diagnóstico de raiva (doença infecciosa viral que pode ser fatal). Destes, apenas um animal teve diagnóstico positivo do vírus. Em 2017 foram recolhidos 237 morcegos e dois estavam contaminados.
O diretor de Vigilância em Saúde, Eduardo Alcântara, explica que a doença é controlada no Paraná e que é preciso apenas cuidado por parte da população. “O ideal é manter os animais, cães e gatos, vacinados contra a raiva”, diz, ressaltando que, ao ver morcegos em casa, a pessoa deve comunicar a ouvidoria (156) para o recolhimento, evitando tocar o mamífero com as mãos.
A vacinação nos animais domésticos previne a transmissão da doença, além de ser obrigatória quando o animal precisa viajar de um Estado para o outro. O vírus circula de morcego para morcego e pode ser transmitido no contanto com humanos ou animais domésticos. “As pessoas não devem tocar nos morcegos e também evitar que cães e gatos tenham contato”, comenta Alcântara.
Se ainda assim houve r o contato, o morcego será recolhido para constatar a presença do vírus da raiva. O animal doméstico será observado e receberá uma dose da vacina para reforçar a prevenção. Caso o cão ou gato não seja vacinado, tomará três doses. Enquanto são observados, os donos que suspeitarem ter sido contaminados com o vírus, devem ir à Sala de Vacinas da Secretaria de Saúde para iniciar o esquema de vacinação.
ESPÉCIES
Existem três tipos de morcegos: insetívoros (que se alimentam de insetos), sendo esses os mais comuns em Maringá. Em 2017, foram encontrados 150 da espécie, dos 237 morcegos recolhidos. Os frugívoros (alimentam-se de frutas), pouco encontrados, e hematófagos (alimentam-se de sangue), não encontrados em Maringá.
Os morcegos são essenciais para o meio ambiente e protegidos pela legislação ambiental. “O fato de alguns apresentarem diagnóstico positivo de raiva não nos dá o direitos de exterminá-los. Eles são importantes para controle de alguns insetos, são semeadores, entre outras responsabilidades, que devem ser respeitadas”, define Alcântara.
Depois do primeiro morcego encontrado este ano, na Vila Operária, em 1º de fevereiro, os agentes de saúde ambiental e equipes do Centro de Controle de Zoonoses realizaram força-tarefa na última semana nas casas do bairro. Foram feitas orientações aos municípios sobre qual procedimento indicado pela saúde.
SERVIÇO
Mais informações na Secretaria da Saúde pelo fone (44) 3216-3145. (FONTE: REPORTAGEM LOCAL, página 3, caderno FOLHA SAÚDE, terça-feira, 13 de fevereiro de 2018, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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