Técnico sempre viveu um caso de amor e ódio com a torcida, mesmo durante a grande campanha na Série B |
No sábado, treinador do LEC chega a expressiva marca no comando do Londrina e pode ser presenteado com vitória, que garante no G4
Colecionador de títulos e marcas, o técnico Cláudio Tencati chega a mais um recorde no comando do Londrina. O jogo contra o Oeste, sábado, no Estádio do Café será o 200º do treinador à frente do alviceleste.
Treinador mais longevo de um clube brasileiro, de forma ininterrupta, - assumiu o LEC em abril de 2011 – ele acumula um retrospecto com 98 vitórias, 56 empates e 46 derrotas. Um aproveitamento de 58%. Nas 199 partidas, o Londrina marcou 293 gols e sofreu 162 na era Tencati.
Nenhum outro treinador ficou tanto tempo no comando do clube e dirigiu a equipe por tantas partidas. Ele foi peça importante na construção do futebol alviceleste nos últimos cinco anos.
Tirou o time da Divisão de Acesso do Paranaense e levou o clube à Série B do Brasileiro. Foi campeão estadual da Segundona, em 2011, e da primeira divisão, em 2014, além de conseguir os acessos para as Séries C e B.
“Não sou muito fã destas marcas. Sei que vai ter uma camisa preparada lá no estádio, mas queria mesmo era ficar quietinho lá na minha e fazendo o meu trabalho”, despistou o treinador. Tencati fez questão de ressaltar o respaldo que teve do clube e do gestor Sérgio Malucelli para chegar aos 200 jogos e comparou a sua relação com o Londrina como a do técnico Tite com o Corinthians.
“ Se o Tite está na seleção hoje, ele deve isso ao Corinthians. Em vários momentos de crise, ele foi mantido e foi esta estabilidade, que criou a credibilidade de um trabalho a longo prazo”, citou. “ Se eu tenho essa credibilidade é em função do Londrina ter me dado crédito. A marca é do clube também, já que o clube é o grande investidor fo treinador”, completou.
Apesar de todas as conquistas e dos números, Tencati sempre viveu um caso de amor e ódio com a torcida. Mesmo nesta Série B, com o time fazendo ótima campanha e ocupando uma vaga no G4, não é raro o treinador ser hostilizado por alguns torcedores quando o time não vence e não vai bem no Café.
Mais do que comemorar os 200 jogos, o treinador quer mesmo uma vitória diante do Oeste e, consequentemente, a permanência no G4. “ É uma marca bacana, mas o foco total é no jogo e no contexto da partida. Não vou me preocupar com este tipo de comemoração”, afirmou.
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