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quarta-feira, 12 de julho de 2017

O AVANÇO DA REFORMA TRABALHISTA


   A tensão marcou a votação da reforma trabalhista no Senado, em sessão conturbada nessa terça-feira (11). Senadoras da oposição ocuparam a mesa do plenário, incluindo a cadeira do presidente, obstruindo o início da votação daquela que é uma das principais bandeiras do governo Michel Temer. Participaram do protesto Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PC do BA), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu ((PMDB-TO). O presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, revidou. Suspendeu a sessão, mandou apagar as luzes e desligar o microfone e o ar-condicionado. A ocupação durou do final da manhã até o início da noite, quando finalmente Oliveira conseguiu negociar a saída das senadoras. A manifestação teve momentos peculiares: as congressistas transmitiram o protesto pelas redes sociais, fizeram selfies, gravaram vídeos e “comeram marmitas”. Protestos fazem parte do regime democrático, que considera como valores essenciais a liberdade de expressão e a participação da população na tomada de decisões. E o voto é a ferramenta dessa participação cidadã. O mesmo vale para o Congresso: É pelo voto que se chega ao caminho para a solução de toda crise e impasse. Era isso o que se espera das nossas instituições: o debate de propostas e não a imposição de ideias, por força ou por intimidação. Depois de toda a confusão e dos trabalhos suspensos por mais de cinco horas, o Senado aprovou o texto principal por 50 votos a favor e 28 contra. É nítido que a manobra da oposição teve um forte viés político. A aprovação da é uma vitória significativa para o presidente Temer neste mandato em que a denúncia de corrupção contra ele está tramitando na Câmara dos Deputados. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 12 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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