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segunda-feira, 24 de julho de 2017

DESCONTO NAS TARIFAS DE PEDÁGIO


      Moradores de Mandaguari, Arapongas e Marialva conseguiram, após uma série de protestos, que fossem firmados acordos entre concessionárias de pedágios e prefeituras para redução e até isenção de tarifas. Outras duas cidades, Rolândia e Apucarana, se mobilizam para iniciar negociações. Está aí o exemplo de que a mobilização popular pode, sim, conseguir avanços. Os desvios de pedágio foram determinantes para chamar a atenção do descontentamento de quem mora em uma cidade diferente daquela em que trabalha e no meio dos dois municípios existe uma praça de pedágio. Foi o que aconteceu recentemente em Arapongas, quando os moradores começaram a usar a “Estrada do Ceboleiro” como desvio da BR-369. Depois da concessionária que administra o trecho impedir várias vezes o acesso, prefeitura e empresa entraram em acordo. Para cruzar a praça entre Arapongas e Rolândia é necessário desembolsar R$ 8,20. Com o acordo, a população de Arapongas conseguiu condições diferenciadas de pagamento. Quem tem um veículo de passeio emplacado naquele município e precisa passar pelo pedágio com frequência para estudar, trabalhar ou fazer tratamento médico pode solicitar o desconto e começar a pagar R$ 1,70. Em Mandaguarí, a mobilização começou antes, em março. O acordo é diferente. Quem tem carros com placa de Mandaguari tem desconto de 80% e paga R$ 1,64. E os motociclistas desembolsam R$ 1. Esse tipo de desconto está previsto nos contratos de concessão e podem ser concedidos sem interferência do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. As concessionárias podem conceder descontos tarifários e realizar promoções, com redução em dias e horas de baixa demanda, sem que isso possa gerar qualquer direito de a empresa solicitar compensação nos valores cobrados. Os acordos de concessão das rodovias do Paraná foram firmados em 1998 e valem até 2021. São quase 20 anos de cobrança para somente agora, no final do contrato, os descontos começarem a ser praticados. O brasileiro desconhece direitos e o poder da negociação e da mobilização social. É importante perceber o quanto uma sociedade pode conquistar quando a população e as entidades representativas se unem em busca de um objetivo comum. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 24 de julho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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