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segunda-feira, 12 de junho de 2017

PALHAÇADA QUE CUSTOU CARO


   Um vendedor de refrigerantes de Minas Gerais participou de uma palestra motivacional de vendas em que foi convidado a rebolar em público. Após isto, ele moveu uma ação jurídica contra a empresa. Vai receber uma indenização por danos morais. Tive conhecimento do episódio numa nota da assessoria do Tribunal Superior do Trabalho. Ele alega que após o evento, passou a sofrer bullying a ponto de seu chefe fazer chacota em público sobre sua opção sexual. 
   Há empresas demais para quem motivação é sinônimo de palhaçada e algazarra durante uma convenção. 
   Levam o funcionários a um bom hotel, contratam palestrantes que se aproveitam dessas crenças malucas e com dinâmicas questionáveis – e às vezes até imorais -, cobram uma fortuna para promover gritaria e piadas com que imaginar provocar mais vendas. 
   Motivação não é isso, mas algo interior ao ser humano. O que motiva os funcionários é o ambiente de trabalho respeitoso, psicologicamente saudável e ações objetivas, como treinamentos e orientações que visem a produtividade. Ensine “o que” eles devem fazer, “como” fazer e “o padrão de desempenho” que é esperado. Depois, remunere-o por méritos mensuráveis. 
   O entusiasmo que provoca uma palestra destrambelhada de gritos e farras é instável e desaparece em poucas horas. 
   É estupidez! Aquela empresa de Minas com certeza aprendeu esta lição. (Crônica de ABRAHAM SHAPIRO, consultor e coach de líderes em Londrina, FOLHA EMPREGOS & CONCURSOS, coluna ABRAHAM SHAPIRO, segunda-feira, 12 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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