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segunda-feira, 12 de junho de 2017

LIÇÕES DE CRISE


   Empresas brasileiras do setor de construção civil que voltaram atenção para mercados internacionais estão conseguindo mais fôlego para vencer a crise. É o que mostra reportagem de hoje da Folha de Londrina citando exemplos de empresas do Norte do Paraná que se movimentaram e estão em atividades em países vizinhos como o Chile e o Paraguai. Ela se preparam para exportar em momentos de crise interna e agora colhem os benefícios da presença, principalmente nos países vizinhos, que têm necessidades de obras em infraestrutura. É o caso da fabricante de implementos Romanelli, de Cambé, e da construtora Plaenge, de Londrina. No primeiro caso, a venda de equipamentos para 25 países cresceram de 10% para 40% do faturamento desde 2014 e ajudaram a segurar os empregos de 240 funcionários. O grupo imobiliário também tem a receita pela atuação no Chile crescente, hoje em 15% do total. A reportagem mostra que é preciso investir em ações que gerem contatos no exterior, com participação em feiras voltadas a compradores e empreendedores internacionais. Também necessário apostar na renovação tecnológica. A indústria cambeense, por exemplo, é pioneira no desenvolvimento de uma máquina para o tratamento superficial com asfalto de borracha reciclada de pneus, que chamou a atenção de chineses e norte-americanos. Já a construtora londrinense se beneficia do fato de ter apostado em um segundo país como mercado para momentos de crise no Brasil. Ainda não é possível definir se a recessão está perto do fim. Muito economista são resistentes em afirmar isso baseado nas informações de que o Produto Interno Bruto cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017 em ao último de 2016, colocando um ponto final em uma sequência de oito quedas consecutivas. A sucessiva revelação de esquemas de corrupção que jogam para um futuro distante o fim da crise política, também não ajuda a visualizar uma luz no fim do túnel. Por enquanto, resta aos empresários aprender com as lições desses três anos de crise. Uma delas é justamente diversificar a oferta de produtos e também os mercados. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 12 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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