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segunda-feira, 12 de junho de 2017

ECONOMIA NOSSA DE CADA DIA


   É ALTO O COMPROMETIMENTO DE RENDA DA FAMÍLIA LONDRINENSE

   O número de consumidores londrinenses que se declaram coma renda comprometida com dívidas como cartão de crédito, cheque especial e prestação da casa própria é de 65,7% enquanto que a média nacional é de 57,,6%.

   A  PEIC  LONDRINA

   Em Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC -, realizada trimestralmente pela empresa Júnior de Engenharia de Produção da UTFPR, campus Londrina, aponta que, embora tenha havido uma redução de 4% o grau de comprometimento da renda com a comparação com a pesquisa anterior (fev/2017), ela é ainda significativamente superior à média brasileira em pelo menos 8 pontos percentuais. 

   RENDA COMPROMETIDA E CONTA EM ATRASO

   Daqueles que se declaram com dívidas, 36% se consideram muito endividados enquanto 19,1% se dizem pouco endividados. No entanto, mais de 40% dos consumidores com algum tipo de dívida estão com alguma conta em atraso. 

   E SEM CONDIÇÕES DE PAGÁ-LAS 

   Mas chama a atenção que, do total de consumidores com conta em atraso e que não conseguirão regularizá-las dentro do mês é de 39,8%, ou seja, daqueles que se declaram com dívidas, um em cada seis consumidores estão na condição de inadimplência. 
   Quando comparado este indicador de Londrina com os números nacionais, vemos que situação de nossos consumidores é significativamente mais grave. 
   Na pesquisa da Confederação Nacional do Comercio (CNC), o número de consumidores com contas em atraso é de 24,2% e destes 39% deixarão de pagar algumas das contas em atraso, ou seja, um em cada dez consumidores que têm dívidas não conseguirão regularizar sua situação.

   FAMÍLIAS COM MAIS RENDAS TÊM MAIS DIFICULDADE

   Outro ponto interessante de observar nesta pesquisa, é que, diferentemente da pesquisa nacional, aqui em Londrina são as famílias com renda superior a dez salários mínimos que estão com mais dificuldades em saldar seus compromissos. 
   Enquanto mais da metade das famílias com renda de até 10 salários mínimos conseguiram reequilibrar suas contas pagando o atrasado, somente 20% das famílias com renda acima de dez salários mínimos é que poderão regularizar as contas em atraso. 

   CARTÃO DE CRÉDITO É O VILÃO 

   O pivô do endividamento das famílias ainda é o cartão de crédito para 39% dos que têm dívidas, seguido pelo financiamento do carro, para 22%, e da casa própria, para 19% delas.

   AINDA DEMORA PARA MELHORAR

   Para que o nível de endividamento possa cair de forma consistente é fundamental a recuperação da renda das pessoas, o que passa necessariamente pela retomada do crescimento econômico, com abertura de postos de trabalho e aumento da renda de quem está empregado, com o aumento das comissões, por exemplo. 

   MAS ENQUANTO A RETOMADA NÃO VEM 

   É fundamental que as famílias repensem suas finanças e adquiram uma disciplina orçamentária que permita a elas passar por este momento de instabilidades com menos sofrimento. 

   ALGUMAS DICAS QUE PODEM AJUDAR

   Livre-se do parcelamento do cartão de crédito cujos juros, mesmo tendo caído, ainda estão a 10,87% ao mês. 
   Com a nova regulamentação do cartão de crédito, em que não é possível mais repetir a opção de pagamento mínimo de forma consecutiva, e o banco é obrigado a oferecer uma linha de crédito para que o consumido parcele sua dívida, a atenção é pela taxa de juros desta proposta de financiamento.
   Ela sempre está mais baixa que a do cartão, mas veja se não é possível obter taxas menores em outro banco ou em outra linha de crédito. 
Saia do cheque especial. Financiar suas contas com esta opção significa pagar 9,6% de juros ao mês. 
   Cuidado com o empréstimo pessoal em financeiras. O juro médio que cobram é de 8,07% ao mês. Ainda é muito alto. 
   Compare com as taxas para o empréstimo pessoal praticadas pelos bancos que estão na média em 4,45% ao mês. (FONTE: E-mail. Economianossa@folhadelondrina.com.br página 4, FOLHA ECONOMIA, segunda-feira, 12 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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