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terça-feira, 13 de junho de 2017

CRACOLÂNDIA NÃO É EXCLUSIVIDADE DE SÃO PAULO


   As ações pelo fim da cracolândia na maior e mais rica cidade do País têm ganhado destaque no Brasil e no mundo, com opiniões favoráveis e contrárias, mas com um consenso: é preciso ações efetivas no combate à origem do problema e tráfico de drogas. A cracolândia não é exclusividade de São Paulo, assim como o vício não ocorre unicamente entre as classes mais pobres, ele está em todas as esferas da sociedade, ceifando vidas de todas as idades. Nos casos mais severos, dependentes químicos perambulam pelas ruas clamando, consciente ou não, por socorro.
   A prefeitura de Nova York, por exemplo, declarou guerra ao crack há mais de 30 anos, com métodos também considerados polêmicos. A droga tinha se tornado um problema de saúde pública e, a partir de forte repressão policial, outras ações de controle ao tráfico e de amparo aos viciados foram adotadas devolvendo segurança a áreas nobres da cidade. É uma luta diária, com projetos que se renovam constantemente, pois nem eles conseguiram por fim ao uso das drogas. 
   E aqui não pode ser diferente. Se há dependentes, é porque existe uma outra cadeia milionária que se sustenta deles. Há que se admitir, inclusive, que o dependente pode ser a ponta desse problema e, talvez, a mais fácil de ser enfrentada. Entre as muitas análises para o problema oriundas a partir do “método João Dória de controle”, e que pipocam em todos os meios de comunicação, está claro que o sucesso na luta contra o crack, tendo os dependentes como primeiro objetivo, só será possível se a pessoa for cercada pelo trabalho, pelo cuidado de amigos e familiares, por um abrigo seguro e com um mínimo de conforto. Mas a outra ponta mais grave e obscura, o narcotráfico, exige estratégias imediatas e mais duras, uma operação de guerra e que deve ocorrer também junto às forças policiais. (OPINIÃO, página 2, terça-feira, 13 de junho de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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