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quarta-feira, 19 de abril de 2017

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


   A cada três horas, uma pessoa morre em acidente de trabalho no Brasil. Com um índice tão alto, essas ocorrências deveriam ser tratadas como uma epidemia, justificando a realização de campanhas preventivas. Tanto que este mês, o “Abril Verde” foi escolhido para conscientização sobre saúde e segurança no trabalho. Foi com esse objetivo que Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná lançou uma campanha. É preciso reduzir esses índices. Por ano, são registrados, em média, 2,8 mil óbitos e 710 mil ocorrências entre acidentes ou doenças ocasionadas no ambiente de trabalho. No Paraná, um trabalhador morre a cada 38 horas por conta de acidentes ou doenças relacionadas à atividade profissional. Em média, 1,3 mil pessoas por ano apresentam incapacidade permanente após acidentes ou doenças desenvolvidas no ambiente de trabalho. As estimativas foram calculadas com base nos registros identificados entre 2010 e 2014. O setor de transportes terrestres registrou o maior número de vítimas fatais: 2,7 mil trabalhadores morreram no País naquele período. Desse total, 15% eram motoristas de caminhão. É claro que o Brasil vem apresentando melhoras. Em 1970, por exemplo, o País tinha 1,1 milhão de acidentados por ano. Uma verdadeira tragédia. Ajudou muito aumentar a fiscalização, investir na contratação de técnicos de segurança e contar com a participação da sociedade nas campanhas de conscientização. Os acidentes de trabalho tiram vidas, causam invalidez e traumas. Acabam com sonhos e desestruturam famílias. Eles também provocam prejuízos enormes ao País. Somente as despesas pagas pela Previdência Social em um ano chegam a R$ 11 bilhões. Considerando outros custos como a perda da produtividade, a Organização Internacional do Trabalho estima prejuízos de R$ 200 bilhões por ano. Todos perdem. Os trabalhadores são prejudicados e as empresas têm que arcar com os custos das faltas e afastamentos. Todos precisam fazer a sua parte para sair desse ranking vergonhoso. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira. 19 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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