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quinta-feira, 6 de abril de 2017

CRIANÇAS E ADOLESCENTES FORA DA ESCOLA


   O Brasil possui 2,5 milhões de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos fora da escola, representando cerca de 6% do universo total de alunos. No Paraná, a taxa ficou em 136.494. Os dados, referentes a 2015, foram divulgados esta semana pela organização Todos Pela Educação com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio. Os números são preocupantes e levam a uma reflexão: por que tantos estudantes não estão exercendo um direito garantido pela Constituição? E preocupa mais ainda quando se leva em consideração o papel da escola na vida de uma pessoa e a importância dela na vida de um cidadão. Lembrando que estão afastadas as crianças mais pobres e que moram em locais de difícil acesso. O Paraná reduziu bastante a evasão escolar em ez anos – em 2005, o Estado tina 303.713 pessoas entre 4 e 17 anos longe dos bancos escolares. Analisando esta evolução, a taxa de atendimento nas instituições de ensino paranaenses passou de 88,1% para 93,8%. Mas mesmo com a elevação de 5,7 pontos percentuais em uma década, o Paraná ficou abaixo da meta de 96% para 2015, estipulada pelo Todos Pela Educação. De acordo com o levantamento, apenas Tocantins (95,1%) atingiu a meta prevista para 2015, que varia para cada estado. O percentual do Paraná é menor que a média nacional, de 94,2%. A região com a maior taxa de atendimento é a Sudeste (95,4%). Rio de Janeiro (95,7%) e Distrito Federal (95,4%) são as unidades da federação com as maiores coberturas. Já o Acre (89,9%) tem o pior resultado. Ao analisar a evasão escolar, é preciso levar em consideração o papel do governo e a influência familiar. Muitos jovens abandonam a escola por razões financeiras, para ajudar nas despesas de casa. Eles acreditam que vão voltar um dia, mas isso acaba não acontecendo, engrossando assim a estatística de adultos que não completam o ensino médio e, consequentemente, profissionais mal remunerados. A educação é a base para uma sociedade mais justa e desenvolvida, condição que passa pela valorização da escola. (OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 6 de abril de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA),

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