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sexta-feira, 10 de março de 2017

RECORDE EM TRANSPLANTES DE CORAÇÃO

 
   O Brasil realizou no ano passado 357 transplantes de coração, recorde nesse tipo de procedimento no País. Um fator que contribuiu para alavancar esse índice foi o decreto federal nº 8.783, em vigor desde junho de 2016, estabelecendo que a Aeronáutica deixasse um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em solo, à disposição para atender chamados de transporte de órgãos ou de pacientes que esperam por transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a ajuda da FAB, foram transportados 172 órgãos em 2016 – em 2015, antes do decreto, foram levados apenas cinco órgãos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9), em coletiva, no Rio de Janeiro, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, e pelo presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Roberto Manfro. São comuns as denúncias de uso indevido de aeronaves militares por políticos ou agente públicos. Mas é reconfortante quando a notícia é diferente. Outra novidade positiva: em 2016, também foi registrado o maior número de doadores efetivos da história, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão da população (PMP). Foram 2.983 doadores o que representa uma taxa de 14,6 PMP, número 5% maior em comparação ao período anterior. Em relação à fila de espera, em dezembro do ano passado, havia 41.042 pessoas aguardando por um transplante, sendo a maior parte delas (24.914) para rim. Já a taxa de aceitação familiar, em 2016, foi de 57% (56% em 2015). Entre 2010 e 2016, houve aumento de 19% no número geral de transplantes, com destaque para coração, rim, fígado, medula óssea e pulmão. Além disso, registrou-se crescimento de 103% no número de potenciais doadores, passando de 4.997 para 10.158. Um aumento importante. Mas o desafio é continuar batendo recordes e diminuir as listas de espera. Para isso, será preciso melhorar ainda mais a infraestrutura, a capacidade dos profissionais de saúde e investir em campanhas de conscientização para que as famílias autorizem a doação de órgãos. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 10 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

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