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quarta-feira, 1 de março de 2017

ENTENDER PARA ECONOMIZAR



   O verão ainda não terminou, mas as consequências das altas temperaturas para o consumo de energia estão aparecendo na conta de luz. Nesta época, com o forte calor, o conforto fala mais alto que a economia. O ventilador ou o ar-condicionado fica muito mais tempo ligado e o número de banhos aumenta. Até o fato das pessoas abrirem mais a geladeira tem impacto no fim do mês. Só que neste ano, o aumento normal do consumo de energia no verão e a baixa previsão de chuvas para março provocaram aplicação da bandeira tarifária amarela, que entra em vigor a partir desta quarta-feira (1). Em resumo, isso significa que a conta de luz terá cobrança extra em março. O sistema de bandeiras vigora no Brasil desde o início de 2015. É a forma encontrada para recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétrica. Quando chove menos e cai o nível dos reservatórios das hidrelétricas, é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade. Amarela e vermelha significam que é preciso economizar. No caso da amarela, a cobrança extra é de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora ((kwh) consumidos. Em dezembro e janeiro, com a bandeira verde, o brasileiro não tinha custo extra. O sistema de cobrança tarifária tem sentido quando o consumidor, de maneira geral, entende o processo como um mecanismo de consumo racional e inteligente. É importante que as famílias e empresas sejam informadas com antecipação quando a energia pesará mais no orçamento, mas essa informação só vale mesmo se houver a compreensão de como funciona o sistema e tenha consciência do papel que cada um desempenha no uso responsável dos recursos naturais. (OPINIÃO, página 2, quarta-feira, 1 de março de 2017, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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