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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

UM CRESCIMENTO DESIGUAL

   A industrialização volta s ser tema de reportagem desta segunda-feira (19) da Folha de Londrina, que analisa o aumento da participação do interior no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, pesquisando o desempenho das mesorregiões do Paraná. É bastante evidente que a instalação de novas indústrias fez bastante diferença no crescimento da riqueza de um município e das localidades vizinhas. Como a FOLHA já mostrou recentemente, com base em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está em curso no Paraná: um processo de desconcentração da riqueza da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Porém, é possível observar que o aumento de participação do interior não tem sido homogêneo. Algumas das menores mesorregiões têm aproveitado melhor esse momento. É o caso do Noroeste, que inclui município como Umuarama, Paranavaí e Cianorte. Sua participação no PIB foi a que mais cresceu de 2010 a 2014: 17,8%. Também cresceu muito (15,6%) a participação da região Sudeste, que reúne 21 cidades, entre elas Iraí, União da Vitória e São Mateus do Sul. Quase o mesmo crescimento, (15,4%)foi observado no Centro Ocidental, onde se destacam Campo Mourão e Engenheiro Beltrão. Centro Sul e Norte Pioneiro aproveitaram pouco o processo de descentralização Na primeira, onde está localizada Guarapuava, o aumento de participação foi de 4,7%. No Norte Pioneiro, região de cidades importantes como Cornélio Procópio e Jacarezinho, o aumento foi de 2,6%; A mesorregião Centro Oriental, que conta com Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Ortigueira e recebeu várias empresas por meio do Programa Paraná Competitivo, teve 12.3% de aumento de participação do PIB. Dos empreendimentos que fizeram diferença foram a fábrica da Klabin, em Ortigueira, e a de Caminhões DAF, em Ponta Grossa. Na mesorregião Norte, o desempenho foi heterogêneo. A microrregião de Ivaiporã teve o maior crescimento de participação do PIB, com 13,2%. Em segundo lugar ficou Maringá, com 11,4%. Já a macrorregião de Londrina teve o pior desempenho: 2,2%. Só o município de Londrina perdeu 5,4% de sua participação no PIB estadual e a explicação é conhecida por todos: a cidade não se industrializa há muito tempo. Somado a isso, há o quadro nacional de uma economia estagnada e uma paralisia de investimentos. Muitos ajustes precisam ser colocados em prática para reverter o cenário de recessão. O diagnóstico está apresentado para todos os novos prefeitos ou para os reeleitos que tomam posse em janeiro. O importante é entender esse diagnóstico para buscar políticas econômicas que promovam o desempenho dos municípios paranaenses. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 19 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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