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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

STARTUPS TAMBÉM TÊM COMEÇO DIFÍCIL

   Estudo realizado pela Fundação Dom Cabral com 221 startups revelou que 25% delas morrem logo no primeiro ano de vida e que metade delas foi descontinuada em menos de quatro anos. A pesquisa mostrou que três fatores explicariam a alta taxa de mortalidade: o número de sócios – quanto mais sócios, maiores as chances de conflitos -, o volume de capital investido antes do início das vendas e o local de instalação. A análise ainda constatou que quando uma startup está em uma aceleradora, incubadora ou parque, as chances de descontinuidade são menores. Um cenário parecido foi revelado por outro estudo, desta vez realizado pela Startup Farm no Brasil. Os resultados mostraram que 18% das 191 startups da aceleradora “morreram” com até dois anos de funcionamento. Outras 66,7% acabaram com dois ou cinco anos de funcionamento e 73,7% com mais de cinco anos de funcionamento. Os principais motivos para o fechamento das empresas analisadas pela Startup Farm seriam conflitos entre sócios e o desalinhamento entre proposta de valor e o interesse do mercado. A taxa de mortalidade é grande , conforme as duas pesquisas mostraram, segundo o professor da Faculdade Dom Cabral Carlos Arruda, as chances de sobrevivência dessas pequenas empresas inovadoras está aumentando porque atualmente existem mais instrumentos de apoio a quem decide empreender na área de tecnologia. Por outro lado, o consultor do Sebrae Londrina Fabrício Pires ressalta a capacidade que as startups têm para se adaptar ou se reinventar, dando origem a um novo ou diferente produto ou serviço. Tanto que das 239 empresas atendidas pelo Sebrae em Londrina, 56 já se formalizaram. É importante ressaltar que sobreviver ao primeiro ano não é fácil para qualquer negócio e não seria diferente para uma startup. Mas a natureza inovadora e dinâmica delas é um diferencial, principalmente neste momento em que a economia do País necessita de muita eficiência e agilidade. (OPINIÃO, página 2, segunda-feira, 12 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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