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sábado, 24 de dezembro de 2016

PRIMEIRA INFÂNCIA E O FUTURO


   Uma pesquisa da Universidade de Harvard, que trata da necessidade de melhora da educação das crianças, aponta que 87% do tamanho definitivo do cérebro é constituído até os três anos de idade. Assim, o estímulo a essa capacidade deve se dar desde cedo: estima-se que, até os quatro anos, a criança desenvolve mais da metade do potencial mental do adulto. Outro levantamento internacional, da Hight Scope, aponta que para cada 1 dólar investido em educação há uma economia de 16,4 dólares com doenças, pobreza e criminalidade. Para além de chamar a atenção dos governos, esses dados servem de alerta aos pais que procuram uma escola para seus filhos pequenos. A ideia de que a “escolinha” serve apenas para deixar a criança enquanto os pais trabalham deve ser extinta. A educação infantil, na verdade, deve ser um espaço de convivência, brincadeiras, participação, exploração e de ferramentas para que a criança encontre a melhor forma de se expressar e de se conhecer. Assim, os pais devem observar se a escola estimula os pequenos a desenvolver a autonomia, a criatividade e o trabalho em equipe. Atentos a esse cenário, até mesmo algumas empresas estão investindo em locais para que os funcionários possam acompanhar mais de perto o desenvolvimento dos filhos na escola. Na Bosch, em Curitiba, por exemplo, desde o inicio do ano, funciona nas dependências da empresa um centro de educação infantil, que atende cem crianças, de seis meses a cinco anos. A evolução da ciência e das pesquisas já nos fez ver que o futuro depende de mais investimento na primeira infância. Os passos seguintes da escolaridade, desde o ensino fundamental até a universidade, dependem, e muito, nos estímulos dados nesta fase da vida. Por isso, no momento de fazer a matrícula, é crucial estar atento à metodologia. Afinal, o desempenho das nossas crianças também está diretamente ligado a taxas de produtividade, renda, violência e outros indicativos de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida do país. ( LILIAN LUITIZ, psicopedagoga especialista em desenvolvimento pessoal e familiar e gerente do Colégio Sesi, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, sexta-feira, 23 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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