O Natal é um período mais propício para a reflexão e reconexão com a chama do amor universal. Vamos então renascer para um tempo novo e abraçar o maior número de pessoas, com sentimento fraternal e não por mera formalidade. Lembrar que a festa natalina rememora o nascimento de Jesus. Fantasiar-se de Noel para um emprego temporário de quem necessita não é um mal, mas não se pode substituí-lo pelo Menino Jesus e pelos presépios em nossas casas e nos shoppings. Não podemos permitir que o mercantilismo nos subjugue e que o balanço do Natal seja medido pela estatística das vendas no comércio. Devemos, sim, medir o resultado da festa natalina por quantos cumprimentos amorosos, por quantos pedidos de desculpas, por quantos perdões, por quantas palavras de conforto e quantos sorrisos temos dado a quem deles tenha precisado. Certamente que, com o olhar e a mente mais voltados para um presépio e o que isto representa, os comerciantes venderiam mais e teriam menos insucessos. Jesus, do lugar onde hoje se encontra, nos contempla com suas bênçãos se o reverenciarmos e nos lembrarmos dele, eis que a mente e o sentimento favorecem essa conexão, mas um deus pagão nada pode nos dar. No Natal e em qualquer época, a mente e o coração voltados para o Alto nos santifica e toca a fonte da prosperidade e de todas as boas coisas. Podemos presentear as pessoas – e presentear também a nós mesmos; nos reunir na ceia de Natal, mesmo que tantos não possam tê-la por sofrerem nos hospitais e presídios ou não tenham ninguém por companhia; podemos rir, cantar e curtir com doce lembrança a saudade dos nossos queridos que já não estão presentes, mas com o olhar voltado para os benfazejos coirmãos dos planos mais altos, que nos auxiliam nesta trajetória terrena. E agradecer sempre pelas dádivas da vida, apesar das tribulações. Neste Natal, vamos atenuar os ímpetos do nosso ego inferior, porque ele robustece as nossas imperfeições; abrir os portais do coração e ampliar o horizonte de nossa visão física e espiritual, para assim enxergarmos mais nitidamente as virtudes humanas e nos sintonizarmos com as fontes onde a Suprema Providência armazenou e nos disponibilizou todas as graças. (WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2, coluna ESPAÇO ABERTO, sexta-feira, 23 de dezembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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