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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL


   A mortalidade infantil, um importante indicador de desenvolvimento social de um país, atingiu, no Brasil, o menor índice em 41 anos. Segundo o estudo Estatística de Registro Civil, divulgado nesse quinta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a morte de bebês menores de um ano de idade representou 2,5% de todos os óbitos do País. Dez anos antes, em 2005, essa taxa era de 4%. Em 1974, o índice era assustador e chegava a 28% do total. Se consideradas crianças menores de cinco anos de idade, a taxa aumentava ainda mais, para 35,6%. A série histórica do IBGE começa em 1974 e os dados são divulgados anualmente. Conforme as informações coletadas pelo instituto, 31.160 crianças menores de um ano morreram em 2015 no País. O total representou queda de 21,9% em relação ao apurado dez anos antes, de 39.921. A pesquisa lista alguns fatores que ajudaram na queda do indicador, todos relacionados à melhora da qualidade de vida e a ampliação ao acesso a serviços básicos de saúde no Brasil. Os pesquisadores citam o aumento da escolaridade feminina e a elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo). Ressaltam também o maior acesso da população aos serviços de saúde. É preciso destacar ainda um melhoramento na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida da criança. O estudo mostrou ainda que as mulheres estão sendo mães mais tarde do que eram em 2005. De acordo com o IBGE, 25,14% dos nascimentos no País em 2015 eram de mães entre 20 e 24 anos. Há dez anos, esse percentual era de 30,9%. Por outro lado, o instituto registrou aumento na fatia dos nascimentos de mães com 30 e 34 anos (20,3% do total) e de 35 a 39 anos (10,5%). Em 2015, esses percentuais eram, respectivamente, de 15% e 7%. Essa vitória, da redução da mortalidade infantil, é uma conquista de toda a sociedade brasileira, pois não só os governos, mas várias entidades privadas e organizações sociais desenvolveram ações importantes para garantir um primeiro ano de vida saudável aos brasileiros. É necessário garantir a continuidade desse trabalho, independente de um cenário de crise ou mudanças políticas. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 25 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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