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sábado, 26 de novembro de 2016

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


   Um crime grave ocorrido durante  o movimento dos estudantes secundaristas, que ocupou escolas públicas do Paraná no mês de outubro, chamou a atenção da sociedade para o tema violência nos estabelecimentos de ensino. Em uma das instalações ocupadas, o Colégio Estadual Santa Felicidade, em Curitiba, um adolescente de 16 anos foi assinado por um colega, também menor de 18 anos. Os dois jovens brigaram após consumirem drogas sintéticas nas dependências da escola, conforme apurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp). É alto o número de crimes no ambiente escolar e, principalmente, no entorno das instituições. Entre janeiro e setembro deste ano, os estabelecimentos de ensino do Estado registraram 11.165 delitos. Os dados constam dos boletins de ocorrência encaminhados pelo Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), cujo  objetivo é prevenir e combater a violência nos 2,1 mil colégios estaduais. As principais infrações reportadas são ameaça (1,793), furto qualificado (1.291), lesão corporal (1.211), furto simples (1.129), vias de fato (835), dano (7.04), desacato (638) e injúria (612). Há também registros de roubo (188), porte ilegal de arma branca (62), estupro de vulnerável (52) e atentado violento ao pudor (16). Em 2015, foram 13.962 situações, incluindo um homicídio qualificado perto de um colégio em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). No ano anterior, foram 15.226, sendo dois assassinatos. Segundo a Patrulha Escolar, a maioria das visitas que a corporação realiza nas escolas é de caráter preventivo. Menos de 3% das operações são de cunho repressivo. A violência não deve fazer parte do currículo escolar, exceto como tema de análise e reflexão. Portanto, as ações para diminuir esse tipo de delito devem partir da prevenção e do diálogo. (OPINIÃO, página 2, 26 e 27 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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