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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O ALTO CUSTO DOS ACIDENTES


   O Brasil gastou com a violência no trânsito, em 2014, R$ 56 bilhões. Naquele ano, 43.780 pessoas morreram e cerca de 600 mil ficaram com sequelas permanentes em razão dos acidentes. O número de vítimas fatais foi 2% a mais em comparação a 2013. As informações foram divulgadas nessa quinta-feira (17) pelo Observatório Nacional de Segurança Viária. O total de R$ 56 bilhões inclui todo o custo social com os acidentes, considerando desde o gasto com o atendimento médico (regate, tratamento hospital, reabilitação), infraestrutura (conserto de equipamentos de trânsito danificados com o acidente e custos com o atendimento da polícia e dos bombeiros) até perdas de produção (previdência e incapacidade do trabalhador). O Paraná está entre os estados com mais mortes registradas em 2014. O número de pessoas que perderam a vida nas rodovias urbanas paranaenses foi de 3.076. São Paulo ficou em primeiro, com 7.032 mortes e Minas Gerais, em segundo, com 4.396. Os três estados concentram a maior frota de veículos do País. Infelizmente, apesar de todo um trabalho de conscientização de instituições, órgãos públicos e veículos de comunicação no sentido de promover a segurança no trabalho, os índices são desanimadores. Segundo a pesquisa apresentada pelo Observatório, todas as regiões brasileiras tiveram aumentos nas mortes de trânsito em 2014 em relação a 2013. O maior crescimento foi registrado na região Sudeste. Por outro lado, o número de vítimas fatais diminuiu entre os pedestres e ciclistas. A Folha de Londrina trouxe esta semana reportagem que mostra o trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) paranaense na utilização de radares. Ao invés de priorizarem os radares fixos, os policiais resolveram adotar deforma mais sistemática os equipamentos móveis. Dessa maneira, é possível deslocar a equipe para pontos críticos das estradas, que acabam mudando constantemente. Educar o motorista brasileiro para obedecer as regras de trânsito é um trabalho muito difícil e o resultado da pesquisa revela que o Brasil precisa avançar muito para cumprir as metas da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, em todo o mundo, no período de 2011 a 2020. Especialistas lembram que a fiscalização cresceu e o valor das multas aumentou. Porém, essas medidas são terão o efeito desejado se o poder público investir mais em educação no trânsito. (OPINIÃO, página 2, sexta-feira, 18 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA_.

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