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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

FERIADO PROLONGADO NA CÂMARA

   Enquanto a maioria dos brasileiros desfrutou de um único dia de feriado, ontem, Finados, o chamado recesso branco na Câmara garantiu aos deputados federais uma semana inteira de feriadão. A paralisação dos trabalhos também deu oportunidade para que 17 deputados pudessem sair do País em seis missões oficiais pagas pela Casa. Os custos não foram divulgados pela Câmara, uma informação importante nesse momento de crise econômica em que se discute um teto para os gastos públicos. 
   A principal viagem está sendo liderada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Azerbaijão, na Ásia. Maia viajou na última sexta-feira, 28, acompanhado de outros quatro congressistas. Na agenda da comitiva brasileira, além de um encontro com o presidente do país, Ilham Aliyev, devem ocorrer reuniões com integrantes do setor petrolífero. Os parlamentares voltam ao Brasil na noite de hoje. 
   Para os Estados Unidos foram o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), acompanhado de outros dois membros da comissão. Trata-se de uma missão de cooperação com congressistas americanos no sentido de promover o compartilhamento de experiências no processo legislativo entre os dois países. 
   A Câmara também autorizou a ida ao exterior, com todas as despesas pagas, para outros nove deputados para participar de eventos em Nova York (71ª Asembleia Geral das Nações Unidas), Paris (Congresso Mundial de Câncer), Austrália (visitando a Comissão Australiana de Esporte, dando uma esticadinha em Nova Zelândia para conhecer as instalações esportivas de alto rendimento em Auckland).
   O gasto do dinheiro público em missões internacionais deve ser bem avaliado no momento em que o governo exige da população que aperte o cinto. O exemplo também dever vir de cima, tanto na contenção de despesas quanto na disposição para trabalhar. Terminado o segundo turno das eleições, o Congresso precisa avançar na votação de projetos polêmicos, antes que chegue o recesso parlamentar do fim de ano. São 40 dias que não podem ser perdidos. (FOLHA OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 3 de novembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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