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terça-feira, 4 de outubro de 2016

O DESAFIO DAS REGIÕES METROPOLITANAS


   Num país com as dimensões do Brasil, a gestão urbana compartilhada parece ser o melhor caminho para resolver os problemas que afetam a vida de milhões de brasileiros que vivem em regiões metropolitanas e aglomerados urbanos. Sancionado em Janeiro de 2015, o Estatuto das Metrópoles vem de encontro a essa proposta, já que tem o objetivo de promover a integração de ações entre os municípios que formam uma região metropolitana, como mostra a entrevista publicada no último final de semana na Folha de Londrina, com o diretor de Operações do Serviço Social Autônomo (Paranacidade), Álvaro Cabrini Júnior. O prazo para implementação do Estatuto termina em 13 de janeiro de 2018. A ideia é que, em conjunto, as cidades consigam resolver questões relacionadas ao uso do solo, saneamento básico, mobilidade urbana, entre outros. No Paraná, segundo a entrevista, a implementação da Região Metropolitana de Curitiba está mais adiantada, uma vez que a estrutura funciona há 40 anos e já há uma equipe técnica. Das outras sete existentes, somente três – Londrina, Maringá e Cascavel – poderão ser consideradas regiões metropolitanas pela classificação do IBGE e a expectativa é que até o final de 2017 seja aprovado um plano de desenvolvimento urbano integrado para estas áreas. A gestão compartilhada pode garantir qualidade de vida e crescimento sustentável às cidades. Mesmo ainda as muito jovens como Londrina já sofrem com o crescimento não planejado, o que pode ser sentido, principalmente, na mobilidade urbana em eixos de ligação com as vizinhas Cambé e Ibiporã. A questão ambiental e o correto descarte do lixo também se mostram preocupantes, a exemplo do saneamento básico. Preocupados em resolver problemas pontuais em um momento difícil de crise econômica, os municípios têm postergado o planejamento a longo prazo . Este, porém, deve ser um ponto a ser levado em conta pelos nossos prefeitos e vereadores na próxima gestão. Outro desafio para a efetivação das regiões metropolitanas é integrar também a participação social, promovendo a aproximação entre governantes e sociedade civil. (FOLHA OPINIÃO, opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, terça-feira, 4 de outubro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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