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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

MAIS QUE UM ARRANJO

 

   Depois de morar em Nova York e São Paulo, a arquiteta Gabriella Custódio decidiu que estava na hora de voltar para casa. E no seu retorno a Londrina, não trouxe as réguas e afins da arquitetura. Trocou os rumos profissionais para implantar na terra natal um jeito diferente de combinar as flores em arranjos e buquês. 
   “Decidi que queria isso e fui fazer cursos”, conta Gabriella, que nos mês que vem celebra dois anos da sua Magnólia Arquitetura Floral. As aulas em Holambra, um dos redutos mais floridos do País, e na Holanda das tulipas, deram respaldo para a nova empreitada. Entre tantas vertentes pelo mundo, a técnica eleita por ela é a espanhola. “É mais tradicional”, avisa. 
   Mas engana-se quem espera que vai sair do ateliê um clássico buquê de rosas e mosquitinhos. “Foi só suma semana antes de se casar, que um cliente enviou as primeiras flores para a noiva, quando conheceu meu trabalho. É que em 10 anos de namoro, ele conta que se recusava dar aqueles buquês para ela”, explica. 
   Desde o início, fazer-se presente nos casamentos foi um dos objetivos da designer floral, que tem atendido um número cada vez maior de noivas. “Mesmo a mais moderna tem algo romântica”, exemplifica. No momento, os buquês em alta para as casadoiras são em tons de bordô em clima boho. “mas tem muito branco também”, diz. Uma inovação é deixa-los mais soltos, mas sem exageros no tamanho para não esconder o vestido. Montado com apenas duas horas de antecedência, o buquê da noiva traz muito da combinação de texturas que Gabriella tanto gosta.
   A pedido da Folha Mais, a designer floral montou um ramalhete e elegeu nove tipos de flores, entre hortênsia, lírio, antúrio e alstroemeria. “”Também gosto de misturar formas diferentes como as arredondadas e as pontudas”, explica Gabriella, que sempre escolhe as flores em números ímpares. 
    “Flor quebra qualquer clima ruim”, enfatiza a profissional. Ela lembra que no início do projeto encontrou certa resistência ao apresentar a sua assinatura de flores. “A mulher dizia que preferia esperar ganhar do marido”, lembra. “Mas isso mudou muito, as pessoas agora me procuram mais. Defendo a assinatura por ser cíclico, cada semana é uma energia diferente, muda a rotina da casa”, diz. Nesse sistema, Gabriella surpreende a clientela com um arranjo novo a cada semana de acordo com as flores que têm à disposição e que vão enfeitar residências, escritório ou lojas. (KARLA MATIDA – Reportagem Local, página 3, FOLHA MAIS, 17 e 18 de Setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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