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terça-feira, 27 de setembro de 2016

COMO ESTUDAR: O FICHAMENTO

 
   Uma das dificuldades que muitos estudantes enfrentam é como estudar o conteúdo que aprenderam em sala de aula. Há diversas estratégias que podem ajudar nesse processo, como fazer exercícios, por exemplo, mas às vezes é preciso estudar uma determinada teoria e, aí, corre-se o risco de cair na armadilha da “decoreba”. Os problemas de se tentar decorar começam com nossa natural limitação de armazenar informações novas (a maioria das pessoas simplesmente não consegue guardar um monte de dados de uma única vez. Além disso, mesmo que alguém de fato consiga decorar uma série de conceitos, se não os entende completamente, corre o risco de se confundir no caso da utilização de sinônimos ou se, simplesmente, a mesma coisa for dita de outra forma, com outras palavras. 
   E engana-se quem pensa que só as crianças e adolescentes estão sujeitos a isso. Em nossa vida profissional, somos, com frequência, submetidos a treinamentos e aperfeiçoamentos que incluem informações novas. Ou seja, em todas as etapas de sua vida haverá novos conteúdos para serem estudados, entendidos e aprendidos. 
   Uma das estratégias que pode ser utilizada é o fichamento, o qual consiste em um tipo de resumo feito na forma de tópicos, em que constam as informações principais do conteúdo estudado. Um bom fichamento pode ser utilizado como material de revisão, mas o simples ato de fazê-los já é, por si só, uma forma eficiente de estudar. 
   Apesar do nome, não é necessário que se use uma “ficha” de papel para elaborar o fichamento. Ele pode ser feito em uma folha de caderno ou mesmo no computador. O importante é que seja o mais resumido possível, trazendo apenas as informações essenciais do assunto estudado. 
Inicialmente, é preciso fazer uma leitura integral do texto a ser fichado. Em uma primeira leitura, tudo é novidade e, portanto, tudo parece importante. Tenha o cuidado, nesse momento, de entender tudo o que está sendo lido. Não tenha vergonha (ou preguiça) de tirar suas dúvidas, usando um dicionário ou mesmo perguntando aos colegas ou professores. 
   Em seguida, você deve ler o texto novamente, agora destacando as informações realmente importantes. Vale sublinhar, circular, rabiscar e fazer anotações ao lado do que você considera mais relevante. Ao terminar, poderá passar ao fichamento propriamente dito. 
   Passe essas informações que você destacou para o papel. Se possível, tente usar suas próprias palavras, mas não há problemas em copiar trechos do texto lido. Deixe de fora exemplos e repetições, concentrando-se no que é mais relevante. Faça isso na forma de tópicos curtos, para facilitar a leitura. Depois de tudo pronto, confira se não ficou nada de fora, mas também verifique se não anotou alguma coisa sem necessidade. Se for preciso, passe a limpo o que foi anotado e pronto. Você tem uma “ficha” com todo o conteúdo importante que deve aprender, para ser lida e relida, no estudo para uma prova ou para consultas, sempre que houver necessidade. 
   Vale notar que, no meio acadêmico, isso é, em universidades, existe o fichamento de textos e livros. Nesse caso, trata-se de um gênero textual específico, que, ainda que siga basicamente a mesma estratégia descrita acima, possui certas normas e características que devem ser obedecidas, com relação à estrutura e à formatação, por exemplo.
   Ficou alguma dúvida? Mande um e-mail para a nossa coluna.
   Até a próxima terça! (FLAVIANO LOPES - PROFESSOR DE 
PORTUGUÊS E ESPANHOL. * Encaminhe as suas dúvidas e sugestões para bemdito14@gmai.com página 5, caderno FOLHA 2, terça-feira, 27 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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