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terça-feira, 14 de junho de 2016

PACOTE CONTRA CORRUPÇÃO CONTINUA PARADO


   Escândalos de corrupção envolvendo altos graduados do governo chinês são recorrentes. Envergonhadas, as autoridades chinesas resolveram endurecer com os funcionários públicos que deviam recursos públicos e aceitam propinas. Até mesmo a pena de morte pode ser aplicada em casos graves de corrupção. Há leis rigorosas para servidores que não delatarem parentes ou colegas corruptos e as novas regras afetam diretamente cônjuges e familiares. Por exemplo: maridos e mulheres de autoridades públicas não podem aceitar cargos de direção em empresas privadas ou multinacionais. Quanto maior a posição do funcionário público, maior a restrição, ficando os maridos e esposas impedidos de serem sócios e diretores de empresas. O governo também anunciou que ficará de olhos no caso de filhos, genros e noras, que não poderão trabalhar ou manter negócios em setores semelhantes ao dirigido pelo parente. É claro que o pacote anticorrupção lançado na China não serve de modelo para o Brasil. As diferenças são muitas , culturais e políticas. Mas chama atenção a rapidez com que o quarto maior país do mundo se mobilizou para dar uma resposta ao povo, cansado de tantos escândalos envolvendo membros do governo. Em março de 2015, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) enviou para a Câmara dos Deputados um pacote anticorrupção que tornava o caixa 2 crime e previa confisco de bens de corruptos, entre outras coisas. Até hoje, os projetos não saíram do papel. Assim como as 10 Medidas Contra a Corrupção, campanha lançada pelo Ministério Público Federal (MPF) que conseguiu dois milhões de assinaturas e agora espera atenção do Congresso para se tornar um projeto de lei de iniciativa popular, a exemplo da Lei da Ficha Limpa. O abaixo-assinado chegou à Câmara em março, mas até agora a direção da Casa não criou uma comissão para começar a encaminhar os projetos. A corrupção é uma das principais preocupações dos brasileiros. É uma pena que os congressistas não encarem o problema como urgente. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br terça-feira, 14 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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